Presidente brasileiro Bolsonaro "desdenha" da Alemanha que cessou ajuda à conservação das florestas tropicais

Fonte: Diário do Povo Online    13.08.2019 14h18

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou no domingo (11) que não precisava da ajuda alemã para proteger a floresta amazônica.

Em resposta a um relatório da mídia no dia anterior, Bolsonaro disse aos repórteres em Brasília, que o Brasil "não precisa" de assistência alemã para a proteção ecológica.

O jornal alemão Der Tagesspiegel relatou na quarta-feira que Svenja Schulze, ministra do Meio Ambiente, Proteção dos Recursos Naturais e da Segurança da Energia Nuclear da Alemanha, que o Brasil não havia se empenhado para conter o desmatamento da floresta amazônica, sendo assim o ministério em pauta pretende congelar cerca de 35 milhões de euros do financiamento de projetos com fins de conservação de florestas e biodiversidade múltiplas.

De acordo com The Associated Press, os projetos suscetíveis de serem afetados incluem "Fundos Amazônicos". Desde a sua criação em 2008, o projeto tem sido dedicado a prevenir, monitorar e combater o desflorestamento da floresta amazônica, tendo como doadores a Noruega, Alemanha e Petrobras.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, Bolsonaro propôs a fusão do Ministério da Agricultura e Pescas com o Ministério do Meio Ambiente, que ganhou o apoio de empresas agrícolas influentes no Brasil. Os opositores argumentaram que esta abordagem enfraqueceria a capacidade do Ministério do Meio Ambiente de supervisionar as empresas e colocaria em perigo os recursos naturais.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) brasileiro, a taxa de desmatamento da floresta amazônica no Brasil aumentou 88.4% em junho em comparação com o mesmo período no ano passado. O presidente brasileiro questionou os dados, e Ricardo Galvão, diretor do INPE, foi posteriormente demitido.

Cerca de 60% da floresta amazônica está no Brasil. De acordo com os pesquisadores, a taxa de desmatamento da floresta amazônica no Brasil está acelerando rapidamente.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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