Beijing, 8 ago (Xinhua) -- A China pode enfrentar a máxima pressão exercida pelos Estados Unidos com um crescimento econômico estável, disseram na quarta-feira especialistas.
A ameaça dos EUA de impor novas tarifas adicionais não só escavará os interesses dos consumidores norte-americanos e arrastará para baixo a economia americana, mas também gerará novas instabilidades ao clima econômico global, disse Wang Yiming, subdiretor do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento do Conselho de Estado da China, em um simpósio realizado pela Academia Chinesa de Pesquisa Macroeconômica.
"No final das contas os consumidores americanos pagarão o preço", disse Wang, acrescentando que a recém-proposta sobretaxa asfixiará o consumo dos Estados Unidos, afetará o emprego na indústria varejista e aumentará a pressão descendente da economia norte-americana.
Com pontos de vista similares, Zhao Jinping, pesquisador do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento do Conselho de Estado, disse que a máxima pressão dos Estados Unidos obstaculizará o crescimento da economia mundial e transgride a tendência dos tempos.
Os especialistas no simpósio consideraram que a escalada nas fricções comerciais provocada pelos EUA não deterá o desenvolvimento estável da macroeconomia da China.
Guo Chunli, subdiretor do Instituto de Pesquisa Econômica afiliado à Academia Chinesa de Pesquisa Macroeconômica, assinalou que a China tem um forte impulso de crescimento com melhorias em sua estrutura econômica, o qual rebaterá os efeitos das fricções comerciais.
Diversos novos motores de crescimento injetarão um poderoso ímpeto ao desenvolvimento de alta qualidade do país, enquanto os ajustes contracíclicos criarão condições favoráveis para enfrentar os choques externos e impulsionar a confiança do mercado, acrescentou Guo.