Caracas, 23 jul (Xinhua) -- A Venezuela viu a eletricidade ser restaurada gradualmente na terça-feira, um dia depois que um grande apagão deixou grande parte do país sem energia.

A Corporação Nacional de Eletricidade disse que a eletricidade foi totalmente restaurada na capital Caracas, mas parcialmente restaurada nos estados de Barinas, Merida e Trujillo, a oeste, e Aragua, ao norte.

No início do dia, o ministro da Comunicação, Jorge Rodriguez, anunciou que empresas e escolas permanecerão fechadas para "ajudar o processo de se reconectarem" a rede elétrica do país.

O apagão ocorreu às 16:45 do horário local (20:45 GMT) na segunda-feira, acabando com energia no sistema de metrô da capital, a rede de telecomunicações e utilitários, como a água potável.

Os venezuelanos reagiram com calma e responsabilidade à falta de energia, disseram autoridades.

Na segunda-feira à noite, Rodriguez divulgou um comunicado oficial, dizendo que uma investigação preliminar do incidente indicava que foi uma ação criminosa.

"Os relatórios iniciais recebidos da investigação apontam para a existência de um ataque eletromagnético que visava impactar o sistema de geração da hidrelétrica em Guayana, principal fornecedora de eletricidade do país", disse Rodriguez.

Também na segunda-feira, o ministro dos Transportes, Hipólito Abreu, disse que o governo está desenvolvendo um plano de contingência para fornecer serviços de transporte para milhares de pessoas deixadas pelo colapso do sistema de transporte em massa.

Os aeroportos e portos estavam operando normalmente, já que estavam equipados com geradores, disse ele.

Enquanto isso, o ministro do Interior, Néstor Luis Reverol, anunciou a implantação generalizada de forças de segurança e pessoal de gestão de desastres para garantir a paz e desestimular os saques.

O sistema de saúde pública e sua rede de hospitais operavam em quase 100% da capacidade, disse o ministro da Saúde, Carlos Alvarado.

Os venezuelanos ainda têm lembranças recentes de um apagão que ocorreu no dia 7 de março que paralisou o país por dias.

Desde março, o Sistema Elétrico Nacional da Venezuela sofreu inúmeros ataques, incluindo tiroteios, incêndios e agressões "cibernéticas e eletromagnéticas" no sistema de controle automatizado da principal usina hidrelétrica.

O governo culpou a ala direita do país e seus apoiadores internacionais pelos ataques, principalmente os Estados Unidos.