O governo moçambicano assinou nesta quarta-feira um acordo de projeto de moradia social com a companhia chinesa CITIC Construction, que construirá 35 mil casas em quatro províncias moçambicanas num período de cinco anos.

As informações foram reveladas pelo ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, em um fórum habitacional em Maputo, que tem como objetivo expandir o acesso dos cidadãos jovens à moradia.

O ministro disse que atualmente 38% das pessoas no país são jovens e estão em necessidade rígida de uma casa própria e decente para começar uma família e viver com dignidade.

O conselheiro comercial da embaixada chinesa em Moçambique, Liu Xiaoguang, disse no fórum: "O projeto também inclui estradas de ligação, eletricidade, iluminação, fornecimento de água e esgoto e outras instalações municipais."

Liu disse que a China apoia as companhias chinesas experientes, competentes e respeitáveis a participarem ativamente dos esforços do governo moçambicano para fortalecer a infraestrutura e melhorar os meios de vida da população.

Segundo o conselheiro, a construção dos projetos de infraestrutura e meios de vida está entre as importantes áreas de cooperação entre China e Moçambique, e a cooperação extensa nas áreas de obras públicas, saúde e educação rendeu resultados frutíferos.

"É um bom feito da nossa cooperação pragmática no campo habitacional e um novo empreendimento para sinergizar nossas estratégias de desenvolvimento e fazer esforços conjuntos para melhorar os meios de vida da população", disse Liu.

O valor total do projeto para a construção de casas, que tem como base um modelo de parceria público-privada, não foi revelado.

As 35 mil casas, resilientes à mudança climática, serão divididas em 15 mil no sul, 10 mil no centro e 10 mil no norte do país.

Os custos de aquisição das casas são estimados entre US$ 30 mil e US$ 40 mil.