O Banco Asiático de Investimento e Infraestruturas (BAII) aprovou no sábado a filiação do Benim, Djibouti e Ruanda, fazendo com que o número total de membros ascenda aos 100.

(Da esquerda para a direita) Vice-presidente e secretário corporativo Sir Danny Alexander, ministro das Finanças e da Economia do Benim, Romuald Wadagni, presidente do BAAI Jin Liqun, ministro da Economia e Finanças do Djibouti Ilyas Moussa Dawaleh, e ministro das Finanças e do Planejamento Econômico do Ruanda, Uzziel Ndagijimana, tiram uma fotografia de grupo no Luxemburgo, a 13 de julho de 2019.

A decisão foi tomada unanimemente pelo conselho diretivo do BAII durante o quarto encontro anual, realizado no Luxemburgo.

Os três potenciais membros não-regionais irão oficialmente juntar-se ao BAII assim que completarem os processos domésticos necessários e depositarem a primeira injeção de capital no banco.

Enquanto isso, o conselho diretivo do BAII elegeu o ministro das finanças chinês, Liu Kun, como líder da direção.

Com o número de membros aprovados expandido para 100,o volume de financiamento aumenta assim para os 8.5 bilhões de dólares americanos.

O BAII “tornou-se um membro importante do sistema de desenvolvimento multilateral”, segundo palavras de Liu no encontro anual do banco.

Liu valorizou o progresso que o BAII alcançou durante os últimos 3 anos, ressaltando que o banco recebeu o estatuto de observador permanente na Assembleia Geral das Nações Unidas, emitindo títulos de dívida globais em dólares, bem como desenvolvendo um conjunto de estratégias e políticas importantes.

“Os membros do BAII, coletivamente, perfazem 78% da população mundial e 63% do seu PIB. Com o apoio de todos os nossos membros estamos construindo uma instituição sólida e sustentável que pode apoiar o seu desenvolvimento sustentável”, disse o presidente do BAII, Jin Liqun.

“O BAII foi criado por 57 membros fundadores como instituição multilateral focada no apoio ao desenvolvimento sustentável através das infraestruturas. O fato de outros 43 membros se terem juntado ao longo dos últimos três anos é um reconhecimento de que a instituição já se estabeleceu como parte do sistema internacional baseado em regras, com uma governança robusta e padrões internacionais”, disse o vice-presidente e secretário corporativo do BAII, Sir Danny Alexander.

“Temos agora membros em cada continente, e damos as boas-vindas ao crescimento do interesse por parte dos países africanos no BAII. Esperamos trabalhar com o Benin, Djibouti e Ruanda para apoiar no seu desenvolvimento nos próximos anos”, acrescentou.

Sob o tema “Cooperação e Conectividade”, o encontro anual de dois dias do BAII arrancou no Luxemburgo, na sexta-feira, pela primeira vez fora da Ásia, atraindo mais de 1,000 oficiais do BAII, representantes dos seus membros e instituições parceiras, especialistas e líderes de negócios.

O encontro anual deste ano centrou-se no reforço da cooperação euroasiática e na conectividade digital, alterações climáticas, infraestruturas sustentáveis e mobilização financeira para transições econômicas circulares.

De acordo com a decisão do conselho de direção, o quinto encontro anual deverá ser realizado nos dias 2 e 3 de julho de 2020, em Beijing.

O BAII aprovou já 46 projetos em 18 membros totalizando 8,5 bilhões de dólares americanos.