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Wang Qishan e Hamilton Mourão co-presidem à 5ª reunião da COSBAN

Fonte: Diário do Povo Online    24.05.2019 10h11

BEIJING,24 de mai (Diário do Povo Online) - O vice-presidente chinês Wang Qishan reuniu-se ontem com seu homólogo brasileiro, Hamilton Mourão, no Grande Salão do Povo, e ambos co-presidiram ao quinto encontro da Comissão Sino-brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN).

Wang referiu que, desde o estabelecimento das relações diplomáticas há 45 anos, as relações bilaterais sino-brasileiras têm se desenvolvido de modo sólido, avançando continuamente rumo a novos patamares. Nos últimos anos, sob a liderança do presidente Xi Jinping e líderes brasileiros, a parceria estratégica global entre a China e o Brasil foi reforçada, sendo mutuamente benéfica. Ambas as partes têm mantido uma comunicação estreita e coordenado em diversas questões relevantes internacionais e regionais, mantendo e promovendo, efetivamente, a solidariedade e cooperação entre países em desenvolvimento e mercados emergentes.

Wang Qishan destacou o fato de Hamilton Mourão ser o primeiro líder do novo governo brasileiro a visitar a China e deste atribuir grande importância ao desenvolvimento das relações com seu país. A China valoriza esta posição.

Atualmente, a China e o Brasil estão comprometidos com a promoção do desenvolvimento via reformas estruturais e abertura. O lado chinês valoriza nações amigas como o Brasil, tendo todo o interesse em trabalhar junto do país sul-americano no âmbito da COSBAN, planejar e expandir a cooperação, e resistir conjuntamente às diversas incertezas externas, contribuindo de forma mais contundente para a recuperação econômica global.

Por seu turno, Mourão descreveu a China como um grande país, frisando o respeito mútuo e a amizade tradicional profunda sino-brasileira. O novo governo do Brasil atribui importância à parceria estratégica global com a China e, de acordo com Mourão, está disponível para reforçar o diálogo e cooperação, bem como a sincronizar a iniciativa “Um Cinturão, Uma rota” com os planos de desenvolvimento nacionais de seu país.

O Brasil espera também alargar a exportação de seus produtos para a China e diversificar seu comércio com o país. Em contraponto, continua com suas portas abertas ao investimento chinês.

As duas partes concordaram em reforçar o intercâmbio e cooperação em vários setores, promover a facilitação comercial, otimizar a estrutura comercial e promover o crescimento qualitativo do comércio bilateral.

Foi também endereçado ao Brasil um convite para participar na segunda Feira Internacional de Importações e Exportações da China.

Os dois lados deram importância ao acoplamento da iniciativa chinesa do “Cinturão e Rota” com “Prorgrama de Parcerias de Invesmento” brasileiro, concordando promover o investimento mútuo, com vista à dinamização de setores, como energia e mineração, construção de infraestruturas e logística, agricultura, finanças, indústria de serviços, inovação tecnológica, e o programa bilateral de satélites de uso civil.

Por fim, foi acordada a continuação da cooperação em organizações multilaterais como a ONU, BRICS e OMC, em prol do multilateralismo, livre comércio, melhoria da governação econômica global e manutenção de um sistema comercial enquadrado nas diretivas da OMC. 

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