Brasil e China negociam continuidade de acordos bilaterais

Fonte: Diário do Povo Online    22.05.2019 16h18

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, reuniu-se com o prefeito de Shanghai, Ying Yong, na segunda-feira(20)

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, iniciou a 19 de maio uma visita oficial à China, onde irá visitar Beijing e Shanghai.

Em entrevista ao Folha Política, o vice-presidente afirmou que o Brasil apresentará propostas para a renovação da COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação). 

Segundo ele, o objetivo é que a COSBAN possa ser mais eficiente, e oferecer uma normalização no relacionamento já existente entre o Brasil e a China, especialmente considerando que governadores e ministérios brasileiros visitam constantemente o país asiático. A proposta defende maior controle, para que não se perca a coordenação ecônomica.

Mourão acrescenta que esta é uma oportunidade para o Brasil dialogar com autoridades chinesas em Shanghai e Beijing, e, simultaneamente, promover o diálogo entre o presidente do Brasil, e o presidente da Assembléia Popular Nacional da China.

Sobre a fricção comercial com os Estados Unidos, Mourão disse que o Brasil permanecerá equidistante, mantendo a espectativa de que os efeitos dessa disputa possam ser minorizados. O General acredita que esta fricção não possui consequências positivas para o mundo como um todo, pois o mesmo depende da China como motor da economia mundial.

Mourão enaltece que a China atualmente “produz um terço do PIB mundial, é o país mais industrializado, é um grande comprador no mercado, além de ser um mercado fantástico”.

O Brasil precisa, portanto, nas palavras do vice-presidente, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que essa disputa mantenha-se apenas como uma mera negociação entre os dois países. Mourão acrescenta que a mesma não atingiu o Brasil, e, por isso, sua vinda à China terá como objetivo apenas a negociação de questões bilaterais entre o Brasil e a China.

O Brasil acompanha com expectativa o desenvolvimento da iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”. Mourão afirmou que o país está aberto a acordos no âmbito da iniciativa chinesa e disse que o Brasil está receptivo a investimentos de infra-estrutura.

Sobre especulações acerca da possível renúncia do presidente Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão disse com naturalidade que a angústia de governar um país tão plural como o Brasil é “inevitável”, e que o presidente apenas compartilhou essa mesma angústia nas redes socias.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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