Beijing, 17 mai (Xinhua) -- O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, destacou nesta quinta-feira que o país é contra a generalização do conceito de "segurança nacional" e salvaguardará resolutamente os direitos legítimos de empresas chinesas.
As observações de Gao surgiram após o Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciar a adição da Huawei e suas filiais na Lista de Entidades do Departamento de Indústria e Segurança (BIS, em inglês) do órgão, restringindo as vendas ou transferências de tecnologia norte-americana a essas companhias.
A China exige sempre que suas empresas implementem as leis domésticas e regras no controle de exportação nacional, cumpram suas obrigações internacionais no controle de exportação e observem as leis e regulamentos dos países que as recebem, disse Gao.
"Somos firmemente contra qualquer sanção unilateral contra entidades chinesas por qualquer país baseado em suas próprias leis domésticas, a generalização do conceito de ´segurança nacional´ e também o abuso de medidas de controle de exportação".
Gao exigiu que os EUA parem suas práticas erradas e criem condições para o comércio e a cooperação normal entre as empresas dos dois países para evitar mais golpes aos laços econômicos e comerciais bilaterais.
"A China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos legítimos das empresas chinesas", enfatizou o porta-voz.
Os EUA também assinaram uma ordem executiva para proibir empresas norte-americanas de usarem equipamentos de telecomunicação que ofereçam riscos a sua segurança nacional.
A China enfatizou que o conceito de "segurança nacional" não deve ser abusado e usado como uma ferramenta para promover o protecionismo comercial.
Gao acrescentou que a China deseja que os países relevantes respeitem as regras do mercado e criem um ambiente de negócios justo, transparente e previsível para empresas de todos os países, incluindo a China.