Canada incitado a permitir o regresso de Meng Wanzhou

Fonte: Diário do Povo Online    10.05.2019 10h59

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, urgiu o Canadá na quinta-feira a libertar a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, e apelou aos EUA para revogar o mandato de captura e extradição.

Meng compareceu a uma audiência no tribunal de Vancouver na quarta-feira, na qual os seus advogados qualificaram a sua detenção como ilegal e que ela irá pedir a suspensão do processo de extradição.

Os seus advogados afirmam que os comentários do presidente Donald Trump, que disse que as acusações poderão ser anuladas, se tal puder ajudar com as negociações comerciais com a China, demonstram que o caso é politicamente motivado.

“Trata-se de um incidente político severo”, disse o porta-voz, urgindo o Canada a levar a sério a posição chinesa e a permitir o retorno de Meng ao país de origem.

Geng disse que os EUA e o Canadá estão a extrapolar o seu acordo bilateral de extradição e que estão adotando medidas sobre um cidadão chinês sem motivo, pondo em causa os seus direitos e interesses legítimos.

Meng foi presa a 1 de dezembro no aeroporto de Vancouver, sob pedido dos EUA devido a acusações de fraude relacionadas com a violação das sanções americanas sobre o Irão. Ela foi libertada sob fiança e enfrenta uma possível extradição.

Meng e a Huawei negaram repetidamente as acusações.

Na quarta-feira, a Huawei disse em um comunicado de imprensa que a prisão de Meng, “ordenada pelos EUA, foi ilegal e um abuso arbitrário de poder”, impulsionado por considerações e táticas políticas, ao invés do Estado de direito.

O caso criminal contra Meng é baseado em alegações infundadas, refere o comunicado, acrescentando que não existem provas que atestem que Meng cometeu atos de fraude ou desonestidade.

As ações contra Meng levaram a violações sérias e repetidas contra os seus direitos, pode ler-se.

Segundo o comunicado, a sua bagagem foi revistada, o seu celular e outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos, e ela foi instada a revelar suas passwords.

A prisão de Meng violou o princípio elementar do acordo de extradição Canadá-EUA e a lei de extradição canadense, pois as alegações de que é alvo não consistem um crime no Canada, prossegue o documento.

“Temos confiança no processo judicial canadense – e esperamos ver a liberdade devolvida à Sr.Meng em breve”, conclui.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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