Chineses diversificam escolhas de destinos de estudo no estrangeiro

Fonte: Diário do Povo Online    08.05.2019 10h40

Os estudantes chineses estão diversificando as suas escolhas de destinos para estudar no estrangeiro, com cada vez mais alunos a escolher o Reino Unido, Austrália e Canadá, segundo um relatório.

Em um inquérito de escolha múltipla para o Relatório de Estudantes Chineses no Estrangeiro, realizado anualmente, apesar dos EUA continuarem a ocupar a posição cimeira como destino este ano, escolhido por 43% dos inquiridos, foi registrada uma queda de 8% face a 2015.

O domínio Americano registrou uma quebra, após o número de estudantes com preferência pelo Reino Unido ter aumentado repentinamente em 2019, perfazendo 41%, com 9 pontos percentuais a mais face a 2015.

A Austrália e o Canadá continuam a ocupar os terceiro e quarto lugares, respetivamente, enquanto destinos mais populares para estudo no exterior, contabilizando 18% e 16%. Seguem-se a Região Administrativa Especial de Hong Kong, Alemanha e Japão.

O relatório foi elaborado com base em uma sondagem levada a cabo pela consultora Vision Overseas Consulting Co, uma subsidiária da New Oriental Education and Technology Group, e pela Kantar Millward Brown, em janeiro e fevereiro. A sondagem abrangeu 6,228 estudantes que planejam estudar no estrangeiro ou que regressaram à China após a graduação. É o quinto ano em que o relatório é realizado.

Sun Tao, presidente da Vision Overseas Consulting Co, afirmou: “Mais estudantes escolhem ir para o Reino Unido para estudar devido à elevada qualidade das suas instituições de ensino superior e custos relativamente reduzidos face aos EUA”.

Várias universidades do Reino Unido oferecem agora programas de mestrado de um ano, os quais reduzem significativamente os encargos financeiros dos estudantes, refere o relatório, acrescentando que o governo inglês implementou também políticas de emissão de vistos mais favoráveis para os estudantes chineses.

O relatório aponta ainda que o estudo no exterior não é mais confinado às famílias abastadas, e que o número de estudantes provenientes da classe média continua aumentando.

Com base em uma sondagem às habilitações literárias dos pais destes estudantes, a maioria desempenha funções comuns no trabalho, perfazendo 43% do total – um aumento de 14% em relação a 2015.

Os pais que assumem posições de gestão intermédia totalizam 35%, e os que ocupam cargos executivos, 22%, respetivamente, segundo o relatório. O número de estudantes que ruma ao estrangeiro para realização de cursos de mestrado continua a aumentar, representando 70% do total. Em 2016 eram 57%. A finalidade dos estudos é justificada com a aquisição de qualificações acadêmicas mais elevadas e com o aumento da competitividade no mercado laboral doméstico.

Embora mais estudantes estejam agora conscientes de que estudar no exterior não garante um emprego bem remunerado, o relatório indica que 70% dos inquiridos diz não se importar com o retorno desse investimento, atribuindo mais ênfase a outros dos benefícios da experiência de estudar fora, incluindo uma maior habilidade de adaptação.

Gao Ang, um estudante de licenciatura da Universidade da Califórnia Berkeley, disse não se arrepender de estudar nos EUA, apesar dos custos elevados.

O estudo no exterior confere aos estudantes várias vantagens. A experiência garante uma visão mais global, bem como melhores capacidades linguísticas e de comunicação – características importantes para futuras oportunidades de promoção na carreira, realça o estudante.

Em 2018, um total de 662,100 chineses rumaram ao exterior para estudar, o que representa um aumento de 8,83% em termos anuais, de acordo com o Ministério da Educação. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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