Em 10 de novembro de 2018, a ponte que liga os lados sul e norte da Baía de Maputo, capital do país, foi inaugurada. Na cerimônia, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que a ponte concretizou um sonho do seu povo de muitos anos. Ela foi projetada e construída por uma empresa da China e constitui uma nova “paisagem chinesa” no continente africano. A obra também é considerada como exemplo de sucesso nos países ao longo do Cinturão e Rota na construção de infraestrutura e de interconectividade.
O projeto Ponte Maputo-Katembe e Estradas de Ligação Rumo ao Desenvolvimento de Moçambique foi construído pelo grupo CRBC e tem uma extensão total de 187 quilômetros, incluindo a ponte suspensa de 680 metros. A construção do projeto foi iniciada em junho de 2014 com um investimento total de US$ 725,8 milhões. Após a conclusão, o tempo de travessia da baía reduziu de duas a três horas para apenas dez minutos. O vice-gerente geral do CRBC, Wang Lijun, explicou o significado do projeto para o desenvolvimento socioeconômico do local.
China ajuda Moçambique na promoção da interconectividade
“Maputo situa-se no lado norte da Baía. A distância no ponto mais estreito entre a cidade e o sul é de apenas 700 metros. No passado, para chegar ao outro lado, era preciso que dar uma volta na baía, num trajeto de mais de 160 quilômetros. Da baía mais ao sul, de cerca de 180 quilômetros, chega-se à fronteira com a África do Sul e, finalmente, liga-se ao maior porto da África do Sul no Oceano Índico, porto Durban. A região da fronteira é um famoso ponto turístico de Moçambique. Por isso, este projeto desempenha papéis em vários sentidos. Primeiro, explora o terreno da margem do sul da baía, ampliando o espaço para o desenvolvimento urbano. Segundo, promove o desenvolvimento econômico regional, especialmente o desenvolvimento do turismo. E, por fim, realiza a interconectividade com a África do Sul.”
A Ponte de Maputo é atualmente a obra com o maior alcance na África, sendo também a maior ponte suspensa projetada e construída independentemente pela empresa chinesa no exterior. O projeto e a construção adotaram o critério chinês e passaram pela revisão dos padrões europeu e sul-africano. Wang Lijun afirmou que o plano mostrou a capacidade de “construção chinesa” ao mercado externo.
China ajuda Moçambique na promoção da interconectividade
“A ponte é projetada e construída conforme os critérios chineses. Moçambique é um país de língua portuguesa e um dos principais países no sul da África. O país segue os padrões europeu e sul-africano na área de construção. Através deste projeto, a tecnologia, o critério, a experiência e a capacidade da China foram reconhecidos pelo exterior. Estas características podem ser usadas no mundo, sobretudo, na construção do Cinturão e Rota. As nossas tecnologias e capacidades são inquestionáveis.”
A construção da ponte obteve um forte apoio das instituições financeiras chinesas. A SINOSURE ofereceu o seguro de crédito de médio a longo prazo. Com base nisso, o Banco de Importação e Exportação da China proporcionou um empréstimo comercial de US$ 680 milhões, que representa 85% do valor do contrato, resolvendo a questão do financiamento. O responsável do projeto na SINOSURE, Qiu Yang, afirmou:
“O programa de financiamento de 15 anos aliviou a pressão da dívida externa do governo moçambicano, fazendo com que o país desfrute dos dividendos econômicos da construção da infraestrutura. Além disso, lançamos outros seguros especiais de apoio ao projeto para garantir que as contas a receber da empresa sejam coletadas a tempo.”
O projeto de Ponte Maputo-Katembe e Estradas de Ligação segue o conceito de “conversações, construção conjunta e compartilhamento” da iniciativa de Cinturão e Rota durante a construção. O projeto promoveu a exportação de 70 mil toneladas de aço e de equipamentos no valor de US$ 48 milhões. Ao mesmo tempo, criou 37 mil postos de trabalho no local e formou mais de cinco mil técnicos de diferentes domínios. Realmente é uma cooperação de ganho mútuo entre a China e a África.