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Embaixador chinês no Brasil diz esperar reforçar cooperação com o governo de Bolsonaro

Fonte: Diário do Povo Online    18.04.2019 13h56

O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, concedeu na última segunda-feira (15) uma entrevista à agência de notícias Reuters, afirmando esperar reforçar a cooperação com governo do Brasil nos setores político, econômico, e em assuntos internacionais.

No que diz respeito às relações bilaterais, Yang afirmou que, desde que assumiu o cargo, já se apercebeu da grande importância dada pelo governo brasileiro ao desenvolvimento das relações bilaterais, depositando grandes esperanças na futura cooperação bilateral.

Ele referiu que o presidente Bolsonaro expressou elevada atenção às relações com a China quando recebeu as suas credenciais. Bolsonaro considera a China um grande parceiro de cooperação e deseja fomentar os laços bilaterais, segundo o embaixador.

A visita do vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão à China, prevista para o mês de maio, será a primeira ação diplomática significativa do novo governo brasileiro para com a China este ano.

Durante a visita, Morão irá co-presidir, junto do seu homôlogo chinês, Wang Qishan, a quinta reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN).

O embaixador Yang declarou à Reuters que irá trabalhar em conjunto com o Brasil em prol do reforço da cooperação nos setores de política, economia, intercâmbio de pessoas e em assuntos internacionais.

As relações atravessam também um momento especial, por ocasião da efeméride do 45º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas sino-brasileiras, e pelo fato do Brasil ser o país anfitrião na próxima cúpula do BRICS.

A China e o Brasil alcançaram grandes avanços ao nível do investimento, apontou Yang. O investimento chinês no Brasil é de aproximadamente US$ 70 bilhões, contando com a presença de 300 empresas chinesas. A China passou a ser uma das mais crescentes fontes de investimento no Brasil. 

Na próxima etapa, segundo Yang, os dois países podem se focar na conexão entre a iniciativa chinesa do Cinturão e Rota e o plano brasileiro “Programa de Parcerias de Investimentos”, explorando o potencial da cooperação de investimento nos setores de infraestutura, processamento de produtos agrícolas, manufatura avançada, eletricidade e energia, entre outros, além de procurar novas oportunidades nos setores de tecnologia de ponta, informatização, novas energias e comércio eletrônico.

Yang frisou a importância da cooperação agrícola entre os dois países. “Esperemos que, com a visita da ministra de Agricultura Tereza Cristina à China em maio, e com o canal da COSBAN, os dois países possam reforçar as consultas sobre a política agrícola, aumento mútuo do mercado de produtos agrícolas, aperfeiçoamento da estrutura de cooperação agrícola e aumento do valor agregado dos produtos agrícolas”.

Quanto ao Brics, Yang garantiu que a China irá colaborar com o Brasil, país anftrião da cúpula deste ano, pugnando para que o encontro entre os líderes dos dois países seja frutuoso, abrindo caminho para uma “década dourada” de cooperação do Brics. 

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