LONDRES,11 de abr (Diário do Povo Online) - A polícia Londrina anunciou ontem (11) que o fundador do website Wikileaks, Julian Assange, havia sido detido na embaixada equatoriana em Londres.
As autoridades emitiram um comunicado no qual explicam que a polícia foi obrigada a levar a cabo um mandado de captura em nome do tribunal de Westminster, tendo obtido a permissão do embaixador para entrar no edifício, após o governo equatoriano ter levantado o asilo a Assange.
O secretário de Estado britânico Sajid Javid publicou também uma mensagem nas redes sociais nessa manhã onde refere a detenção de Assange.
O presidente do Equador Moreno emitiu uma mensagem nas redes sociais na manhã do dia 11, na qual refere que o Equador havia retirado o estatuto de asilo a Assange. Subsequentemente, publicou também um vídeo onde explica detalhadamente o porquê dessa decisão.
Assange, segundo o presidente, terá repetidamente violado as “provisões claras da convenção de asilo diplomático”, sendo que a sua condição era “insustentável e não mais exequível”.
Jeremy Hunt, o secretário de Estado britânico, publicou mais tarde uma mensagem nas redes sociais, agradecendo ao Equador pela cooperação demonstrada.
Assange criou o website Wikileaks em 2006. Em 2010, foi publicado um grande número de documentos secretos do governo estadunidense nas guerras do Afeganistão e Iraque, os quais consistiram num profundo golpe à imagem da diplomacia dos EUA, estando repletos de sensacionalismo e controvérsia.
Em novembro do mesmo ano, Assange foi investigado por um procurador sueco por alegado estupro, o que levou a que fosse detido no Reino Unido. Assange negou todas as acusações. Em maio de 2012, o Supremo Tribunal Britânico estipulou que Assange poderia ser extraditado para a Suécia. No entanto, em junho do mesmo ano, o acusado deu entrada na embaixada do Equador no Reino Unido, no sentido de obter asilo.
Em maio de 2017, o procurador sueco anunciara o fim da investigação sobre as acusações de estupro dirigidas a Assange. Porém, em fevereiro do ano seguinte, o tribunal do distrito de Westminster em Londres, decretou manter um mandado de captura contra Assange.