Na véspera de sua visita à França, o presidente chinês, Xi Jinping, divulgou no jornal francês Le fígaro um artigo intitulado de “Avançar ombro a ombro no caminho do desenvolvimento comum”. O texto segue assim (versão não completa):

A convite do presidente francês, Emmanuel Macron, vou realizar a minha segunda visita de Estado à França.

Na primavera de cinco anos atrás, visitei pela primeira vez o país europeu, ocasião em que celebramos os 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a França. Cinco anos depois, chego à França outra vez, também na primavera. É com muita satisfação que constato que, as relações bilaterais, tal como a primavera próspera, estão brotando com grande vitalidade.

Chego à França com afeição. Afeição essa que provém da admiração da população chinesa, e minha também, pelo charme da cultura brilhante da França, e da atração mútua entre as civilizações chinesa e francesa, duas das maiores civilizações do mundo. Chego à França com uma amizade especial. Amizade essa que provém dos laços tradicionais, respeito mútuo e confiança entre as duas nações. Chego à França com expectativas. Expectativas essas que provêm da cooperação de ganha-ganha no passado, e do grande potencial do relacionamento no futuro.

Os passos de desenvolvimento das relações bilaterais estão cada vez mais estáveis. O presidente Macron e eu estabelecemos, através de diversos encontros, conversas por telefone e troca de cartas, boas relações de trabalho. Reforçamos o consenso em relação às questões internacionais de grande relevância, desenvolvemos boa cooperação no quadro da ONU e do G-20, promovendo conjuntamente a solução das questões regionais, e contribuindo para a paz, estabilidade e desenvolvimento do mundo.

O bolo de interesse comum dos dois países está se tornando cada vez maior. Em apenas cinco anos, o volume comercial bilateral registrou uma alta de 13 bilhões de dólares, e o nível de investimento superou o patamar de 20 bilhões de dólares. Os produtos agrícolas de qualidade da França, como a carne bovina, estão sendo bem recebidos pelos consumidores chineses. O grupo de instalações nº1 da usina nuclear Taishan, de construção conjunta sino-francesa, tornou-se o primeiro grupo de EPR comercializado no mundo.

O alicerce da amizade das duas nações está se aprofundando. Os dois países possuem 102 pares de províncias e cidades irmãs, formando uma grande rede de cooperação e intercâmbio regional. Em 2018, cerca de 40 mil alunos chineses foram para a França estudar, e mais de 100 mil alunos franceses estudaram a língua chinesa.

A primavera é uma estação de cultivo. A minha visita não é só para colher os frutos ao longo dos últimos cinco anos, mas também para cultivar, junto com a França, as novas expectativas de cooperação bilateral.

A China, como parceira estratégica abrangente da França, está disposta a trabalhar com a França, para agarrar oportunidades históricas, enfrentar desafios, reforçar a confiança mútua e fazer o caminho de prosperidade comum cada vez mais largo. Apresento os quatro aspectos essenciais.