Beijing, 21 mar (Xinhua) -- As próximas visitas do presidente chinês, Xi Jinping, à Itália, Mônaco e França injetarão novo ímpeto nas relações entre a China e a União Europeia (UE), disse na quarta-feira Wang Chao, vice-ministro das Relações Exteriores.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, Xi realizará visitas de Estado aos três países europeus de 21 a 26 de março, a convite do presidente italiano, Sergio Mattarella, do chefe de Estado do Principado de Mônaco, Albert II, e do presidente francês, Emmanuel Macron.
A visita de Xi à Europa será a primeira viagem ao exterior em 2019 pelo chefe de Estado chinês, e também o mais alto líder do Partido Comunista da China (PCCh), tendo importância histórica para o desenvolvimento das relações entre a China e os três países, comentou Wang em uma entrevista coletiva.
Notando que a Itália é um importante Estado membro do G20 e da UE, Wang disse que este ano marca o 15º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica abrangente entre a China e a Itália, e que o próximo ano marcará o 50º aniversário dos laços diplomáticos. "As relações bilaterais dos dois países enfrentam importantes oportunidades".
A visita de Xi à Itália terá um significado histórico para consolidar o passado e abrir o futuro das relações bilaterais, disse Wang.
Durante sua visita à Itália, Xi conversará com o presidente Mattarella e o primeiro-ministro Giuseppe Conte, reunirá-se com os presidentes do Senado da República e da Câmara dos Deputados italiana, e os dois lados trocarão pontos de vista profundos sobre os laços China-Itália e China-UE e sobre os assuntos internacionais e regionais de interesse comum.
"O presidente Xi e o primeiro-ministro Conte testemunharão conjuntamente a assinatura de documentos de cooperação intergovernamental nas áreas de diplomacia, economia e comércio, cultura e acordos comerciais em infraestrutura, maquinário e finanças", declarou Wang, acrescentando que os dois lados fortalecerão a cooperação do Cinturão e Rota.
Xi também visitará Palermo, a capital da ilha da Sicília.
Observando que a China e Mônaco estabeleceram um exemplo de relações amistosas entre países de diferentes tamanhos, Wang disse que a visita de Xi a Mônaco, a primeira a ser realizada por um presidente chinês, será de importância histórica para as relações bilaterais.
Xi realizará conversações com o príncipe Albert II durante sua visita. Eles trocarão pontos de vista sobre temas como política, economia, humanidades e proteção ambiental, e abrirão em conjunto uma nova era das relações China-Mônaco, informou Wang.
Elogiando que a França foi a primeira potência ocidental a estabelecer laços diplomáticos oficiais com a Nova China, Wang disse que as atuais relações sino-francesas mantêm um desenvolvimento sólido, estável e de alto nível e têm características estratégicas, contemporâneas e globais distintas.
Segundo Wang, os dois países vêm obtendo constantes progressos na construção conjunta do Cinturão e Rota e na cooperação do mercado de terceiros, bem como na cooperação nas áreas de energia nuclear, aeroespaço, agricultura, finanças e desenvolvimento sustentável. Os dois lados também mantêm uma estreita coordenação na defesa do multilateralismo, melhora da governança global e luta contra a mudança climática, e desfrutam de mais intercâmbios interpessoais.
Wang disse que a visita oficial de Xi à França, a segunda em cinco anos, coincidirá com o 55º aniversário dos laços diplomáticos sino-franceses, tendo um significado especial para as relações bilaterais.
Durante sua visita, Xi conversará com o presidente Macron, reunirá-se com o primeiro-ministro Édouard Philippe, o presidente do Senado e o presidente da Assembleia Nacional.
Os líderes dos dois países trocarão opiniões profundas sobre as relações China-França, relações China-UE e assuntos internacionais e regionais de interesse comum, além de testemunhar a assinatura de acordos de cooperação em energia, transportes, agricultura, finanças, cultura e tecnologia.
Wang assinalou que as visitas de Xi vão elevar a cooperação pragmática entre a China e os três países a um novo patamar, dar novo impulso às relações China-UE na nova era e abrir novo espaço para a construção conjunta do Cinturão e Rota.