Islamabad/Nova Déli, 1º de março (Xinhua) -- Um piloto indiano liberado pelo Paquistão voltou à Índia na noite de sexta-feira pela fronteira de Wagah, passando perto da cidade de Lahore, no leste do Paquistão, disse o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão.
Mais cedo, as autoridades paquistanesas entregaram o piloto, Comandante de Asa Abhinandan Varthaman, às autoridades indianas depois de completar o procedimento exigido.
O Ministério das Relações Exteriores disse em uma declaração que "o Comandante de Asa da Força Aérea Indiana capturado, Abhinandan Varthaman, foi devolvido à Índia hoje", acrescentando que ele foi preso quando seu jato militar MIG-21 caiu em Caxemira controlada pelo Paquistão após ser abatido pela Força Aérea do Paquistão por violar o espaço aéreo paquistanês em 27 de fevereiro.
"Enquanto em cativeiro, ele foi tratado com dignidade e em conformidade com o direito internacional", acrescentou o comunicado.
A Índia confirmou o retorno do piloto liberado na sexta-feira.
O piloto oficial da Força Aérea indiana entrou no território indiano através da Fronteira Wagah-Attari no estado do norte de Punjab.
De acordo com fontes de defesa indianas, o avião de caça do piloto indiano foi abatido pelas forças terrestres paquistanesas em 27 de fevereiro em meio a tensões intensificadas entre os dois países nos últimos dias.
Após a liberação do piloto, o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, disse à mídia que o Paquistão libertou o piloto indiano sem estabelecer qualquer condição para dar uma mensagem que o Paquistão é um país amante da paz e um bom vizinho.
"Fizemos o que pudemos. Esperamos que a Índia reciproque nossa tentativa de paz. Há muitas pessoas que amam a paz na Índia, esperamos que cooperem conosco para dar uma chance à paz", disse Qureshi.
As tensões entre os dois vizinhos têm aumentado após o ataque suicida de 14 de fevereiro em Caxemira controlada pela Índia, que matou mais de 40 soldados paramilitares indianos.
A Índia culpou Jaish-e-Muhammad (JeM), um grupo militante que foi proibido no Paquistão em 2002, pelo ataque mortal.