BEIJING, 1º de fev (Diário do Povo Online) - Um relatório recém lançado revela que a população migrante da China enfrenta várias barreiras para se integrar nas cidades.
O relatório, compilado em conjunto por institutos de investigação e instituições governamentais, incluindo a Academia Chinesa de Ciências Sociais e o Centro de Serviços para a População Migrante, subordinado à Comissão Nacional de Saúde, averiguou a integração de populações migrantes em 50 cidades chinesas recorrendo a 4 critérios – política, economia, serviços públicos, e cultura e psicologia.
As 50 cidades abrangidas conseguiram uma média de 51,62 pontos de um total de 100 para a integração das suas populações migrantes, de acordo com o relatório recentemente publicado.
“Apesar do progresso que atingimos em ajudar estas populações a se integrarem nas cidades, resta ainda um grande vácuo entre a realidade e situação ideal”, referiu Xiao Zihua, director do Centro de Serviços para a População Migrante da Comissão Nacional de Saúde, em declarações à Caixin.com.
“População Migrante” aqui refere-se àqueles que abandonaram as suas terras natal rumo a outro lugar por motivos de emprego ou educação.
O relatório salienta que menos de 4% dos migrantes conseguiram assegurar um “hukou” local, ou seja, a autorização de residência permanente, nas cidades onde residem. Além da dificuldade de conseguir o hukou, a população migrante enfrenta também barreiras como preços elevados das casas, baixas taxas de empregabilidade e segurança laboral reduzida.
Em 2014 apenas 10,76% dos migrantes detinham habitações urbanas, enquanto 73,19% viviam em casas arrendadas.