Fundador da Huawei nega acusação de espionagem, otimista sobre o futuro

Fonte: Diário do Povo Online    16.01.2019 15h14

SHENZHEN, 16 de jan (Diário do Povo Online) – Ren Zhengfei, fundador e presidente da gigante de telecomunicações chinesa Huawei, de 74 anos, falou sobre os problemas futuros e de segurança da empresa com a mídia na sede da empresa em Shenzhen.

Seis jornalistas foram convidados para a reunião, incluindo repórteres do Financial Times, Bloomberg e do Wall Street Journal, informou um relatório da BBC, acrescentando que o evento é raro pois a última vez que algo do gênero aconteceu foi há mais de três anos.

"A Huawei atende 3 bilhões de clientes em 30 anos em 170 países e tem um bom histórico de segurança. Nunca houve um grande problema", disse Ren ao Financial Times.

"A Huawei é uma empresa independente, estamos comprometidos em estar do lado dos nossos clientes quando se trata de segurança cibernética e proteção da privacidade. Nunca prejudicaremos qualquer nação ou indivíduo.

"O Ministério das Relações Exteriores já esclareceu que nenhuma lei na China exige que qualquer empresa instale backdoors. A Huawei ou eu nunca recebemos qualquer solicitação de qualquer governo para fornecer informações", disse o fundador.

Ren também disse que estava sentindo muita falta de sua filha Meng Wanzhou, a diretora financeira da empresa de tecnologia, está atualmente sob fiança e enfrenta um processo de extradição para os EUA.

Um estande da Huawei durante a CES 2019 em Las Vegas, Nevada, em 9 de janeiro de 2019. [Foto / Agências]

Quanto ao futuro da Huawei, Ren disse que 2019 poderia ser um ano difícil, com receita crescendo abaixo de 20%. A empresa, disse ele, tem como alvo US $ 125 bilhões em receita para o ano todo, informou a CNBC.

Ren disse ainda que a Huawei não sofrerá o mesmo destino se sua empresa for atingida com sanções similares à ZTE.

"Temos investido pesadamente em pesquisa e desenvolvimento por muitos anos. O que aconteceu com a ZTE não acontecerá com a Huawei", disse Ren.

O fundador também observou que a Huawei não é uma empresa listada e não precisa de um relatório financeiro aprazível. "Podemos até reduzir nossas margens se a Huawei não for bem-vinda em alguns mercados", disse Ren. "Enquanto pudermos sobreviver e alimentar nossos funcionários, sempre haverá um futuro para nós", concluiu Ren.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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