Beijing, 15 jan (Xinhua) -- Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse nesta segunda-feira que as críticas do Canadá à detenção de dois de seus cidadãos por parte da China são infundadas e assinalou que um deles não tem "imunidade diplomática".
A pasta confirmou anteriormente que se impuseram medidas coercitivas contra dois canadenses suspeitos de pôr em perigo a segurança nacional da China. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, acusou na sexta-feira o país asiático de ignorar a "imunidade diplomática" de um ex-diplomata canadense quando foi detido no mês passado.
Hua assinalou que as autoridades chinesas trataram do caso de acordo com a lei e indicou que, seja qual for o ponto de vista que se adote, o ex-diplomata canadense Michael Kovrig não goza da imunidade diplomática estipulada na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Hua assinalou que atualmente Kovrig não é um diplomata e que veio à China com um passaporte ordinário e um visto de negócios. A parte chinesa lhe impôs medidas coercitivas porque era suspeito de estar envolvido em atividades que colocavam em perigo a segurança nacional da China. Portanto, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e o Direito Internacional, Kovrig não tem imunidade diplomática.
"Queria sugerir aos canadenses relevantes que estudem e investiguem seriamente a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e o Direito Internacional antes de expressar suas opiniões, em vez de serem levianos e se exporem ao ridículo", acrescentou Hua.
A porta-voz da chancelaria chinesa também pediu que a parte canadense empreenda primeiro ações práticas para demonstrar que é judicialmente independente.