Embraer e Boeing aprovam termos do acordo para criar nova empresa

Fonte: Xinhua    18.12.2018 13h33

Rio de Janeiro, 18 dez (Xinhua) -- A fabricante brasileira de aviões Embraer e a norte-americana Boeing anunciaram nesta segunda-feira que aprovaram os termos do acordo anunciado em julho e que prevê a criação de uma nova empresa (joint-venture) de aviação no Brasil.

Em um comunicado, a Embraer informou que a operação está avaliada em US$ 5,26 bilhões, superior aos US$ 4,75 bilhões estimados em julho.

A Boeing será controladora da empresa com 80% de participação, após ter pago US$ 4,2 bilhões. Os 20% restantes serão da fabricante brasileira, que poderá vender sua parte para a norte-americana a qualquer momento, por meio de uma opção de venda.

O acordo ainda precisa ser aprovado pelo governo brasileiro, que é dono de uma "golden share" na Embraer e tem poder de veto em decisões estratégicas, como a transferência de controle acionário da empresa.

Caso o governo aprove o negócio, o acordo ainda será submetido à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, "bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo", informou a empresa brasileira.

As negociações entre Boeing e Embraer começaram há um ano como resposta a fusão anunciada por suas duas grandes concorrentes, Airbus e Bombardier, respectivamente.

A expectativa era de que a união entre as duas empresas criasse um gigante global da aviação com forte atuação nos segmentos de longa distancia e aviação regional.

A expectativa é que a parceria só tenha efeitos no lucro por ação da Boeing após 2020. O negócio deve gerar sinergias anuais de cerca de US$ 150 milhões --antes de impostos-- até o terceiro ano de operação.

O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza, afirmou que está "confiante na associação "e que "esta aliança fortalecerá ambas as empresas no mercado global e está alinhada com nossa estratégia de crescimento sustentável de longo prazo".

As empresas também chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint-venture para promover e desenvolver novos mercados na área de defesa, envolvendo o avião multimissão KC-390. Nesse caso, a Embraer será a controladora neste negócio, com 51% de participação, e a Boeing, com os 49% restantes. O valor total do negócio não foi informado.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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