Buenos Aires, 30 nov (Xinhua) -- A iminente visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, à Argentina está gerando entre o público argentino grandes expectativas por uma amizade mais profunda e maior cooperação ganha-ganha entre os dois países.
No artigo assinado "Abrir Uma Nova Época para as Relações China-Argentina", publicado na quarta-feira no jornal argentino Clarín, Xi disse que a amizade bilateral tem superado a distância geográfica e ficado ainda mais próxima.
"As nossas relações bilaterais passaram no teste das circunstâncias internacionais, em mudança, e estabeleceram um exemplo de solidariedade e cooperação para o desenvolvimento comum entre as duas economias emergentes e países em desenvolvimento", escreveu ele.
Muitos argentinos concordaram com isso, incluindo Gonzalo Tordini, especialista em cooperação econômica internacional que estudou na Universidade de Negócios Internacionais e Economia, na China.
A amizade entre os dois povos, disse Tordini, é o maior sucesso das relações China-Argentina, permitindo que as duas nações trabalhem na direção certa e mutuamente melhor se conheçam e se entendam.
A visita de Xi fortalecerá o relacionamento Argentina-China, acrescentou ele, expressando seu desejo de que o país sul-americano possa aumentar a cooperação de longo prazo com a China.
Ele sugeriu que a Argentina faça oficialmente parte na Iniciativa do Cinturão e Rota para o desenvolvimento global. "Será uma oportunidade para melhorar a nossa conectividade, em um sentido mais amplo."
"Melhorar a infraestrutura e o intercâmbio pessoal e aumentar o conhecimento comercial e cultural são necessários para continuar aprofundando nossas relações com a China", disse Tordini, também presidente e cofundador da Associação de Ex-Bolsistas Argentina-China.
Quando estiver na Argentina, que será a segunda fase da atual viagem à Europa e América Latina, Xi também participará da 13ª cúpula do Grupo dos Vinte (G20), em Buenos Aires.
"A contribuição fundamental da China à cooperação internacional é algo de que o mundo certamente precisa", disse Patricio Giusto, diretor do Observatório China-Argentina e professor da Universidade Católica da Argentina.
"Como a China se mantém forte no cenário internacional e aposta no multilateralismo, podemos esperar que fóruns como o G20 continuarão se reforçando", acrescentou o especialista em política pública.
