Alianças entre companhias aéreas apresentam nova tendência

Fonte: Diário do Povo Online    20.11.2018 14h37

BEIJING, 20 de nov (Diário do Povo Online) – A saída planejada da China Southern Airlines Co, a maior companhia aérea em termos de frota da Ásia, da SkyTeam, apresenta uma nova tendência no relacionamento entre os intervenientes do setor, segundo os analistas.

A China Southern anunciou na quinta-feira que não iria renovar a sua participação na SkyTeam após esta expirar a 1 de janeiro do próximo ano, “com base nas necessidades da estratégia de desenvolvimento da empresa e para melhor alinhar com a nova tendência de cooperação na indústria de aviação global”.

A empresa chinesa tenciona explorar “as possibilidades de estabelecer novas parcerias com companhias aéreas de renome, promover a cooperação bilateral e multilateral e providenciar serviços de qualidade a passageiros em todo o mundo”.

A empresa garantiu na segunda-feira que iria trabalhar próximo da SkyTeam em um processo cooperativo durante o período de transição com término a 31 de dezembro de 2019, durante o qual os passageiros terão direito a todos os serviços da SkyTeam, mas não irá vender produtos relacionados com aquela aliança.

A Star Alliance, SkyTeam e Oneworld são as três maiores alianças globais entre companhias aéreas. No entanto, o investimento inter-aliança e a cooperação têm estado em ascensão nos últimos anos.

A China Southern assinou um acordo no ano passado para vender uma participação minoritária à American Airlines Group Inc, a qual pertence à Oneworld.

A China Eastern Airlines Corp, membro da SkyTeam, anunciou em agosto que iria operar mais voos em conjunto com a Japan Airlines Co, a qual é membro da Oneworld.

“A operação independente das companhias aéreas está se tornando uma nova tendência. A China Southern tem um grande mercado na China, e consegue facilmente encontrar parceiros de cooperação. É mais flexível para a empresa cooperar com congêneres diferentes e alcançar acordos de cooperação inter-aliança, sem que esteja sujeita a restrições”, disse Zou Jianjun, professor do Instituto de Gestão de Aviação Civil da China.

A migração para a Oneworld é, segundo Zou, muito improvável para a China Southern, dado que não é um pré-requisito para a empresa firmar acordos de cooperação.

“Na SkyTeam, a China Southern contribuiu mais do que recebeu. Com a sua vasta rede de voos domésticos, várias companhias aéreas estrangeiras têm vindo a tentar alcançar o apoio da China Southern. No entanto, o crescimento internacional da companhia chinesa não é satisfatório, e esta pouco recorre à assistência de empresas estrangeiras”, disse.

A saída da China Southern da SkyTeam procura aumentar as operações internacionais, evitando a competição com a China Eastern em voos internacionais dentro da aliança, disse Xu Shuo, um investigador do Qianzhan Industry Research Institute. 

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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