Empresas norte-americanas revelam interesse em participar da CIIE

Fonte: Diário do Povo Online    26.10.2018 10h08

SHANGHAI, 26 de out (Diário do Povo Online) - Várias empresas dos EUA estão demonstrando entusiasmo pela Exposição Internacional de Importações da China (CIIE, na sigla inglesa), com um número de firmas dos EUA a se inscreverem a lograrem o terceiro lugar entre todas as economias, referiu o Ministério do Comércio na quinta-feira.

O evento, agendado entre 5 e 10 de novembro em Shanghai, será principalmente categorizado por pavilhões e exibições de negócios por país, sendo que as últimas não preveem a realização de transações comerciais.

Gao Feng, um porta-voz do ministério, disse que cerca de 180 empresas dos EUA confirmaram já a sua participação no evento, embora os EUA não disponham de um pavilhão para o país.

No que concerne às exibições de negócios, as firmas estadunidenses irão abranger domínios como manufatura de ponta, equipamentos inteligentes, produtos agrícolas, culturais e esportivos, referiu Gao em uma coletiva de imprensa.

O evento irá criar uma plataforma de alto nível para todas as empresas globais comunicarem e cooperarem umas com as outras, acrescentou.

A CIIE, a primeira feira chinesa se focando exclusivamente em bens e serviços importados, atraiu mais de 2800 empresas de mais de 130 países e regiões.

A China deverá importar 10 trilhões de produtos e serviços nos próximos 5 anos, de acordo com o ministério do comércio.

Para as empresas dos EUA a fazerem negócios na China, as tensões comerciais entre os dois países são “uma distração”, referiu Robert Kuhn, presidente da Kuhn Foundation, em declarações à Xinhua.

“Eles estão descontentes com isto. Está para lá das áreas de conhecimento deles. Não querem ter de lidar com os problemas macroeconômicos, políticos ou de natureza econômica ou geopolítica. Apenas querem se preocupar com os seus negócios. E para serem bem-sucedidos, precisam de estar no mercado chinês”, analisa Kuhn.

Shane Tedjarati, presidente da Honeywell Global High Growth Regions, disse que a exposição confere uma boa oportunidade para as empresas globais reforçarem a cooperação com a China.

A China e os EUA, as duas maiores economias do mundo, têm apresentado algumas tensões comerciais durante os últimos meses.

Gao refere que as negociações comerciais são um processo mútuo, ao invés de “uma via de sentido único” que responde às preocupações de uma única parte. A China sempre foi sincera nas suas conversações comerciais, e espera que o lado norte-americano revele também sinceridade e negocie de forma construtiva, referiu.

A China irá acelerar o processo legislativo da Lei de Investimento Estrangeiro, melhorar a liberalização e facilitação do investimento, e manter uma política de investimento estrangeiro estável, justa, transparente e previsível, acrescentou Gao. 

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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