China alicerça reforma e abertura com zona de livre comércio em Hainan

Fonte: Diário do Povo Online    17.10.2018 10h06

HAIKOU, 17 de out (Diário do Povo Online) - A China anunciou na terça-feira um plano para transformar Hainan em uma zona de livre comércio – incluindo um relaxamento substancial do acesso ao mercado para empresas estrangeiras e o melhoramento das condições comerciais – de modo a criar um portal de acesso aos oceanos Pacífico e Índico.

A Zona de Livre Comércio Piloto da China (Hainan), aprovada pelo Conselho de Estado, irá abranger toda a ilha de Hainan. O governo planeja tornar a zona em um centro internacional de turismo e comércio, bem como oferecer serviços e apoiar o desenvolvimento da iniciativa do Cinturão e Rota, entre outras estratégias nacionais.

Wang Shouwen, vice-ministro do comércio, disse que, enquanto demonstração do compromisso da China para com a abertura e com a globalização econômica, a ilha, que abrange 35,400km, deverá ter mais autonomia para pôr em prática reformas e acelerar a adoção de um ambiente de negócios mais internacional, conveniente e com base na lei.

A Zona de Livre Comércio de Hainan irá adotar rígidos padrões de gestão, especialmente em áreas como produção de sementes, saúde, telecomunicações, internet, aviação, economia marinha e manufatura de veículos a novas energias.

Será abolido o limite de posse de ações para estrangeiros na produção de vegetais e sementes. O poder de decisão para aprovação de investimento estrangeiro em serviços de telecomunicações de valor agregado será transferido do governo central para a província de Hainan. Além disso, será permitido às empresas estrangeiras deter até 51% de empresas de seguros de vida, bem como serão removidas restrições a empresas estrangeiras nas indústrias de design de aviação, manufatura e manutenção.

Além de Hainan, existem 11 zonas de livre comércio, incluindo as de Shanghai, Guangdong e Liaoning. A experiência obtida em áreas como reforma do sistema administrativo, gestão de investimento, facilitação comercial e inovação financeira foram entretanto aplicadas a outras zonas.

Bi Jiyao, vice-presidente da Academia Chinesa de Investigação Macroeconômica da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, afirmou que as novas políticas irão estimular a zona de livre comércio de Hainan a acelerar e reforçar a conectividade infraestrutural e a integração regional em serviços e negócios manufatureiros com as economias da ASEAN e com outros países e regiões relacionados com a iniciativa do Cinturão e Rota. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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