BEIJING, 26 de set (Diário do Povo Online) - As relações económicas e comerciais sempre foram cruciais nas relações China-EUA. No entanto, nos últimos dias, o governo dos EUA tem provocado e aumentado as fricções neste domínio, colocando em risco o comércio e as relações que os dois governos e povos construíram ao longo dos anos. A situação tem também ameaçado seriamente o sistema multilateral e o princípio do livre comércio.
A 24 de setembro, o Gabinete de Informação do Conselho de Estado publicou um livro branco sobre a posição da China relativamente às fricções comerciais com os EUA, que, de forma abrangente e sistemática, expõem os fatos sobre as relações económicas e comerciais entre os dois países.
O livro branco enfatizou que a essência das relações económicas e comerciais China-EUA se pauta pelo benefício recíproco, salientando que o que os EUA estão fazendo se trata de protecionismo e busca de hegemonia comercial.
O documento esclareceu a posição política da China e demonstra a determinação do país em promover uma resolução racional da questão, mantendo o desenvolvimento saudável e estável das relações econômicas e comerciais China-EUA e firmando o sistema comercial multilateral.
Em 2017, o comércio bilateral de mercadorias entre a China e os EUA atingiu os 583,7 bilhões de dólares, 233 vezes o valor de 1979, ano em que as relações diplomáticas foram estabelecidas. A história e a realidade têm repetidamente provado que a cooperação económica e comercial China-EUA é uma mutuamente vantajosa. Ela não só promove o desenvolvimento econômico da China e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, mas também dá às empresas americanas e nacionais benefícios tangíveis.
As trocas económicas e comerciais China-EUA são de grande escala, plurais e abrangentes. É inevitável que algumas contradições surjam. Os dois países devem lidar adequadamente com as diferenças e procurar resolver as contradições de forma pragmática.
No entanto, o governo dos EUA lançou uma investigação, usando a Seção 301, contra a China e fez uma série de acusações contra o país, recorrendo a argumentos como "agressão econômica", "comércio desleal", "roubo de direitos de propriedade intelectual" e "capitalismo de Estado", distorcendo os fatos e ignorando as grandes conquistas da reforma e abertura e do trabalho árduo da China e do povo chinês.
Tal não é apenas uma demonstração de falta de respeito para com o governo e povo chineses, como o é também para com os verdadeiros interesses do povo americano. A cooperação traz benefícios para todos, mas a competição traduz-se em prejuízos para ambas as partes.
A China tem também promovido firmemente o desenvolvimento saudável das relações econômicas e comerciais sino-norte-americanas, defendendo, promovendo e melhorando o sistema comercial multilateral, protegendo os direitos autorais e direitos de propriedade intelectual, bem como os direitos legítimos e interesses das empresas estrangeiras na China, fortalecendo e aprofundando a reforma e a abertura, e impulsionando a cooperação de benefício mútuo com outros países desenvolvidos e em desenvolvimento, além de tentar construir uma comunidade de destino comum para a humanidade.
A China não almeja uma guerra comercial, mas não teme que ela aconteça e lutará, se tal for necessário. O país tem confiança e é capaz de ripostar perante adversidades, sendo que nenhum fator externo poderá impedir o seu desenvolvimento.
A porta para as negociações com a China está sempre aberta, mas estas devem ser baseadas no respeito, igualdade e fidelidade.
Quanto às relações China-EUA, deverá ser considerada a situação geral, ao invés das divergências entre os dois países. A China é o maior país em desenvolvimento do mundo, e os Estados Unidos, o maior país desenvolvido do mundo. As relações econômicas e comerciais entre ambos estão relacionadas com o bem-estar dos dois povos, bem como com a paz, prosperidade e estabilidade mundial.
Para lidar com as fricções econômicas e comerciais entre os dois países e promover soluções razoáveis, é importante reforçar a confiança mútua, promover a cooperação, e gerir as divergências.