DUNHUANG, 20 de set (Diário do Povo Online) - A China possui muitos locais históricos e culturais antigos. Entre os quais, um dos mais impressionantes é a área do deserto que contém as Cavernas Mogao, a cerca de 25 km da cidade de Dunhuang, na província de Gansu.

Com cerca de uma milha de comprimento, as cavernas contam com mais de 1.000 anos de arte budista e taoísta, tendo sido um ponto significativo na antiga Rota da Seda. A sua estrutura é composta de 492 cavernas e células que contêm mais de 2.000 esculturas, obras de arte originais e milhares de manuscritos e escrituras de países de todo o mundo, descobertas pelo monge taoísta Wang Yuan-Lu em 1900.

Hoje em dia, o espaço é classificado como patrimônio da UNESCO e uma das áreas melhor preservadas ao longo dos séculos. No entanto, devido ao aumento de turistas, bem como à natureza das cavernas, a preservação tem sido cada vez mais difícil.

Em 2017, 9,1 milhões de pessoas visitaram as cavernas, sendo este número de viajantes bateu o recorde com um aumento anual de 12,3% e causou uma influência negativa nas condições das cavernas.

Para tornar a experiência mais interessante para os visitantes, e ao mesmo tempo preservar o local, um centro foi criado para apresentar as cavernas fechadas ou que estão em manutenção. Neste centro foram digitalizadas várias cavernas por uma equipe de especialistas, tornando a experiência mais realista e interativa. Numa sala de cinema conta-se a história das cavernas, enquanto um filme em 4D apresenta a história de diferentes peças de arte.

As cavernas informaram muito aos historiadores sobre o passado da China, assim como o passado de outros países na antiga Rota da Seda. Espera-se que através de técnicas de preservação e digitalização, a beleza das cavernas possa ser preservada para as gerações futuras.