Beijing, 19 set (Xinhua) -- O presidente do banco central da China pediu esforços contínuos para expandir a abertura do setor financeiro do país, de forma proativa e ordenada.
Embora a China venha obtendo avanços no processo de abertura financeira, ainda há espaço para atender às necessidades de desenvolvimento do setor, disse Yi Gang, presidente do Banco Popular da China, o BC do país, em um livro publicado especialmente para o 20º aniversário do Fórum dos 50 Economistas Chineses, uma organização acadêmica.
"Setores mais abertos tendem a ser mais competitivos, e setores menos abertos tendem a ficar para trás e a concentrar mais riscos, como prova o histórico de reforma e abertura da China", escreveu Yi no livro.
Ele pediu maior alívio das restrições sobre a participação estrangeira, formas de estabelecimento e qualificação de acionistas estrangeiros em instituições financeiras. E salientou que a legislação e a formulação de políticas devem ser mais transparentes, para criar um ambiente mais propício para as instituições financeiras com financiamento estrangeiro.
Os programas de conexão de bolsas Shanghai-Hong Kong e Shenzhen-Hong Kong devem ser aprimorados, e o programa de conexão de bolsas Shanghai-Londres deve ser lançado o mais cedo possível, assinalou ele.
Será necessário trabalhar mais a fundo na reforma do mecanismo de formação da taxa de câmbio do RMB, de modo que o mercado desempenhe um papel mais decisivo na cotação da taxa cambial e que o yuan tenha mais flexibilidade de flutuação, disse.
Ele também pediu por um yuan mais convertível sob a conta de capital e uma melhor regulação macroprudencial sobre os fluxos de capitais internacionais, bem como uma estrutura reguladora reforçada e uma infraestrutura financeira mais forte que corresponda ao ritmo da abertura financeira.
"Expandir a abertura financeira injetará uma nova vitalidade no setor financeiro da China, ajudará a impulsionar sua competitividade geral e alcançará um desenvolvimento de nível mais alto, mais profundo e mais saudável", disse Yi.