Lisboa, 14 set (Xinhua) -- Desde o início deste ano até 12 de setembro, pelo menos 21 mulheres foram mortas em casos de violência doméstica ou durante relações íntimas em Portugal, registrando um número maior do que em todo o ano passado, segundo o Observatório Nacional das Mulheres Assassinadas.
Essas mulheres foram mortas por seus ex-cônjuges, cônjuges atuais ou por familiares próximos, indicou a União de Mulheres para Alternativas e Respostas (UMAR), com base nos dados do seu Observatório das Mulheres Assassinadas.
Ao contrário da tendência decrescente dos casos de homicídio, o número de feminicídios tem-se mantido constante, segundo a agência de notícias portuguesa Lusa, citando uma declaração de Elisabete Brasil, líder da UMAR.
"É cedo demais para totalizar o número, porém já confirmamos sim 21 mulheres mortas. Tendo em consideração o fato de que já estamos no mesmo nível do ano passado em setembro, é claro que isso não é uma contagem final", apontou Brasil.
De acordo com o relatório da UMAR do ano anterior, 20 mulheres foram assassinadas em casos de violência doméstica. Brasil disse que o nível de violência e de sofrimento infligidos às vítimas também aumentou.
Ela ainda criticou o "silêncio" por parte das figuras políticas e do público sobre as mortes causadas pela violência doméstica.