Integração online-offline reformula desenvolvimento da indústria de varejo

Fonte: Diário do Povo Online    12.09.2018 09h54

BEIJING, 12 de set (Diário do Povo Online) - Com os gigantes do comércio eletrônico e lojas físicas a unirem forças para expandir a integração online/offline, o conceito de “varejo sem fronteiras” está reformulando o desenvolvimento da indústria.

Zhao Ping, diretor do departamento de investigação de comércio internacional do Conselho da Academia Chinesa para a Promoção do Comércio Internacional (CACPCI), disse que tal integração está promovendo o desenvolvimento próspero da indústria de varejo. Além disso, recorrendo ao big data, está também sendo incrementada a inovação da indústria de manufatura.

A cooperação entre a JD e a Qumei Home Furnishings Group é um exemplo disso. No centro de experiências de habitações inteligentes JD-QM, os consumidores têm acesso às melhores experiências de compras potenciadas pela tecnologia do comércio eletrônico.

Todos os itens em exposição possuem uma etiqueta digital que os consumidores podem usar para aceder a informações importantes sobre determinado produto e adicioná-lo ao seu carrinho de compras virtual. As informações de compra dos consumidores são também usadas para guiar as empresas no processo de manufatura.

O Grupo Alibaba, gigante do comércio eletrônico, uniu forças com as lojas convencionais para consolidar o varejo sem fronteiras. A tecnologia de realidade virtual permite aos consumidores verem o resultado de vestirem uma peça de roupa sem terem que a vestir efetivamente. As lojas possuem telas capazes de identificar o gênero e a idade aproximada dos clientes, fazendo recomendações de produtos apropriados com base nestes dados.

Um recente relatório da CACPCI revela que as lojas físicas reconhecem a importância do varejo sem fronteiras. Um total de 69.5% considera que a integração sem fronteiras é uma tendência de futuro na indústria do varejo, e 62% afirma que o varejo sem fronteiras é benéfico para as empresas, pois aumenta o fluxo de consumidores, bem como a sua satisfação e lealdade.

De acordo com o relatório, 51.3% das empresas manufatureiras consideraram que o varejo sem fronteiras seria uma importante tendência de desenvolvimento no seu futuro modelo de negócios, e 69.2% afirma que serão ativamente implementadas estratégias relacionadas com a integração sem fronteiras. Entre os que já aplicaram as estratégias relacionadas, 56.4% afirma que as suas vendas aumentaram, enquanto 71% garante que os seus custos de inventariação haviam caído.

Os consumidores antecipam também melhores experiências. De acordo com um inquérito levado a cabo pelo CACPCI, 71.7% dos consumidores considerou que o varejo sem fronteiras melhorou a sua experiência de compras, e 97.7% aguarda ansiosamente por mais produtos e serviços relacionados com o varejo sem fronteiras, de modo a aumentar a conveniência das suas vidas.

Apesar de todos os benefícios, o relatório salienta ainda os desafios que o varejo sem fronteiras enfrenta, incluindo as diferentes formas de pensamento entre as diversas indústrias, os obstáculos à promoção e aplicação de novas tecnologias, a proteção dos direitos dos consumidores, e a falta de experiência. De modo a debelar estes problemas, o CACPCI sugeriu que o governo deveria criar um ambiente de inovação, e que as empresas deveriam acelerar o ritmo da integração “sem fronteiras”.

 “A recém aprovada lei do comércio eletrônico, que entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2019 irá oferecer proteção legal a este setor”, afirmou Zhao.

Liu Hui, diretor do Instituto de Investigação de Big Data da JD, afirma que a integração sem fronteiras altera o modo de pensar, a demanda de talentos, bem como a estrutura e modelo de negócios do varejo.

 “A tendência do futuro para as empresas consiste em usar a tecnologia para alterar subtilmente os consumidores, sem deixar que eles sintam a intenção de criar uma cena de consumo. Deste modo, a sua experiência de utilizador pode ser reforçada”, constatou Liu. “Queremos oferecer mais bens e serviços mais convenientes, do modo mais confortável possível”. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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