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Museu Nacional do Brasil não tinha autorização dos bombeiros para funcionar

Fonte: Xinhua    06.09.2018 10h44
Museu Nacional do Brasil não tinha autorização dos bombeiros para funcionar
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Rio de Janeiro, 6 set (Xinhua) -- O Museu Nacional do Brasil, destruído por um incêndio na noite de domingo, não tinha autorização dos bombeiros para estar funcionando, segundo nota divulgada na quarta-feira pela corporação do Rio de Janeiro.

O espaço não possuía em dia o documento que atesta a conformidade das condições arquitetônicas do prédio (área construída e número de andares) bem como a presença das medidas de segurança exigidas pela legislação, como extintores, caixas de incêndio, iluminação e sinalização de segurança e portas corta-fogo.

A conclusão dos bombeiros é de que a instituição estava em situação irregular no que diz respeito à legislação de segurança contra incêndio e pânico. A corporação, no entanto, não explicou por que o Museu permanecia aberto apesar disso.

Segundo a vice-diretora do Museu, Cristiana Serejo, o local era extremamente frágil e não tinha portas corta-fogo. A instituição sofria com falta de recursos e tinha sinais de má conservação, como fios elétricos aparentes, cupins e paredes descascadas.

O Museu Nacional pegou fogo na noite de domingo por causas ainda desconhecidas. Fundado há 200 anos por Dom João VI, estava situado desde 1892 no Palácio São Cristóvão, no parque da Quinta da Boa Vista (zona norte), que serviu de residência para a família real em período do século XIX.

A instituição reunia mais de 20 milhões de objetos de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia, com alguns dos exemplares mais importantes do continente americano.

Entre suas raridades, estava a maior coleção de múmias egípcias da América, além de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no continente (em terras brasileiras), que representa uma jovem entre 20 e 24 anos, que teria vivido há uns 12 mil anos e o esqueleto do Maxakalisaurus topai, o maior dinossauro encontrado no Brasil.

Por seu vínculo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu era também um centro de pesquisa e ensino.

A destruição do Museu Nacional é a principal perda cultural já sofrida pelo Brasil e causou uma profunda comoção, não só para os cariocas, como para todos os brasileiros.


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