A iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pelo Presidente Xi Jinping, tem vindo a garantir novos caminhos de cooperação entre a China e África, cujos destinos estão interligados por questões históricas, tarefas comuns de desenvolvimento e interesses estratégicos partilhados.
Após o presidente ter alavancado a construção do Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota Marítima da Seda do Século XXI, respetivamente, no Cazaquistão e Indonésia, no outono de 2013, a proposta passou a ecoar por vários países, incluindo os países africanos, que alimentam a esperança de agarrar a oportunidade de perseguir o desenvolvimento comum com a China e com o mundo inteiro.
Ao longo do último meio século, a China e África, ambas extensões do Cinturão e Rota em termos da localização geográfica e laços históricos, podem sempre encontrar novos interesses convergentes e catalisadores de crescimento para a cooperação bilateral a cada patamar de desenvolvimento crítico, de modo a impulsionar novos progressos e manter a forte vitalidade dos laços bilaterais.
O Quênia deu entrada em um novo capítulo da modernização dos seus caminhos-de-ferro, após a ferrovia de bitola padrão construída pela China entre Mombasa e Nairobi ter sido inaugurada. Um outro caminho-de-ferro entre Nairobi e Malabar começou a ser construído em 2017.
O plano ferroviário do Quénia, outrora apenas um “sonho”, está se tornando realidade, disse James Macharia, o secretário queniano dos Transportes, Infraestruturas, Habitação e Desenvolvimento Urbano.
Desde a construção da ferrovia Mombasa-Nairobi, o projeto criou cerca de 50.000 empregos locais, treinou mais de 5.000 trabalhadores técnicos, e ofereceu oportunidades de negócio a mais de 400 empreiteiros locais.
“O reforço da amizade entre a população diz tudo”, afirmou Thulani Gcabashe, presidente do Standard Bank of South Africa, acrescentando que cada vez mais regiões tomam consciência do significado da co construção do Cinturão e Rota após anos de desenvolvimento.
Com o compromisso da China de realizar o sonho do rejuvenescimento nacional, África tem tomado passos para atingir o sonho africano de atingir a força através da união e de atingir o desenvolvimento e rejuvenescimento.
Tendo em conta tais circunstâncias, os países africanos têm desejado se integrarem cada vez mais na senda de globalização econômica, ao interligarem as suas estratégias de desenvolvimento com a Iniciativa do Cinturão e Rota.
A determinação da China e África de se desenvolverem de mãos dadas podem também ser evidenciada pelos diversos documentos assinados por ambas as partes no Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional, realizado em Beijing no ano passado, incluindo os acordos econômicos e comerciais que o Quênia e a Etiópia assinaram com a China.
Outros documentos assinados incluem acordos financeiros em projetos de infraestruturas, empréstimos para a construção de um armazém de contêiners, e memorandos de entendimento para a cooperação energética.
O Quênia tornou-se também o sexto país africano a se juntar ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, após ter conseguido aprovação em maio.
Recentemente, a China assinou um memorando de entendimento para a co-construção do Cinturão e Rota com o Senegal e Ruanda, tendo atingido um consenso com Maurício na assinatura do acordo do Cinturão e Rota logo que possível.
O Fórum de Cooperação China África, com uma duração de 2 dias, deverá arrancar a 3 de setembro, sendo que irá acelerar o alinhamento de estratégias de desenvolvimento dos países africanos com a iniciativa do Cinturão e Rota, a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030, bem como a Agenda 2063 para a União Africana.