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Técnicas chinesas de cultivo e pecuária beneficiam África lusófona

Fonte: Xinhua    30.08.2018 08h28
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Beijing, 30 ago (Xinhua) -- Os três maiores produtores mundiais de milho são os Estados Unidos, a China e o Brasil, e os chineses estão ensinando suas técnicas de cultivo em São Tomé e Príncipe, que reestabeleceu as relações diplomáticas com o país asiático em dezembro de 2016.

Com o sistema chinês, a produtividade por hectar das mesmas sementes de milho em São Tomé desabrochou e teve um salto de 66%, segundo um instituto agrícola local.

Apenas 20 meses depois do retorno das relações, o país africano viu brotarem outras mudanças além do milho. A qualidade dos pepinos, tomates e outros cultivos melhorou. Os porcos hidridizados crescem mais rápido e com melhor saúde. Os parasitas nas cabras diminuíram com os banhos de imersão. Os pequenos caranguejos locais e cascos de cacau são processados para virar ração. Tudo isso com a assistência dos chineses, que também ajudam os locais a fazer ferramentas e a utilizar metano, além de ensinar técnicas agropecuárias a mais de 600 pessoas locais.

Retomados os laços diplomáticos, em 20 dias chegaram os primeiros quatro especialistas chineses. Desde então, 16 já participaram do projeto, que atualmente corre bem, afirmou Yang Yang, funcionária do Centro de Intercâmbios Internacionais do Ministério de Agrícola e Assuntos Rurais e responsável pelo projeto bilateral de formação agropecuário.

Yang Yang contou que, durante uma pesquisa em áreas rurais, especialistas chineses descobriram que algumas famílias comiam apenas fruta-pão no almoço, o que fez com que ficassem determinados a ajudar a promover o desenvolvimento agropecuário local.

A população reconhece os resultados da assistência chinesa e sente "sinceridade, resultados concretos, afinidade e boa-fé", o conceito da cooperação sino-africana proposta pela China em 2013.

Hélder Menezes, coordenador do Projeto de Desenvolvimento de Suinocultura do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe, escreveu em agradecimento ao embaixador chinês pela cooperação, "cujos frutos já estão bem patentes em algumas ações que têm sido realizadas". O dono de uma fazenda de porcos pediu à Embaixada uma bandeira chinesa para içar junto com a de São Tomé e Príncipe para mostrar a amizade entre os dois países.

As mídias locais fizeram reportagens sobre os especialistas chineses, e eles se tornaram muito conhecidos no país. A população os exalta com a frase "Chinês bom!" todas as vezes que os encontram.

O que a frase elogia são as técnicas práticas e os especialistas da China, e a vontade chinesa de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

Em 3 e 4 de de setembro ocorrerá a Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África, com o tema de "China e África: em direção a uma comunidade ainda mais forte com um futuro compartilhado através da cooperação de benefício mútuo".

"Considero importante e uma oportunidade soberana para os países africanos, que tanto precisam de um país como a China que estenda a mão para eles", disse, após uma formação agrícola em Yangling na China, o angolano Valdemar Simões Morais, assessor do Gabinete de Segurança Alimentar do Ministério da Agricultura de Desenvolvimento Rural.

Morais e mais de 20 colegas angolanos aprenderam técnicas chinesas de cultivo, mecanização e combate a doenças e pragas, entre outras. Ele disse que, quando voltar para Angola, semeará o que aprendeu e apresentará um relatório ao governo.


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