A mais recente edição da série “China aos Olhos dos Jornalistas Estrangeiros” do Diário do Povo Online teve lugar na Nova Área de Binhai, na cidade de Tianjin, uma metrópole histórica, situada a cerca de 150km da capital chinesa, na costa oriental do país.
A Nova Área de Binhai um polo industrial de construção recente situado na periferia de Tianjin, onde, além da atividade portuária, uma das maiores da China, congrega um grande número de empresas do setor industrial e tecnológico. A cidade de Shenzhen e o desenvolvimento da região de Pudong, em Shanghai foram duas das referências para o desenvolvimento deste projeto urbano.
A Academia de Tianjin para Tecnologias de Reconhecimento Inteligentes (ATTRI), co-fundada pela Academia Chinesa de Ciências e pelo Governo local, atua no domínio industrial e da inteligência artificial.
Entre os principais êxitos da ATTRI destacam-se o mais preciso sistema de deteção de movimento do mundo. Este sistema garante o reconhecimento facial de várias pessoas em simultâneo em locais públicos movimentados como bancos, estações de metro, aeroportos, entre outros.
A empresa é também responsável pelo primeiro sistema de reconhecimento da íris à distância da China. Este sistema permite, por exemplo, a entrada e saída de funcionários numa empresa sem ser necessária a aproximação do rosto ao sistema de leitura da íris, podendo este processo ser feito à distância de mais de 1.50m.
A instituição alocou um orçamento de 124 milhões de yuans, tendo-se candidatado a 58 patentes e 25 direitos de propriedade intelectual de softwares.
A segunda paragem do itinerário foi a empresa Efy Technology, oficialmente presente no mercado desde 2015, dedicada ao setor dos veículos aéreos não-tripulados.
A empresa atingiu o sucesso após ter sido bem-sucedida na criação de um sistema inteligente para helicópteros não tripulados. Esse sucesso determinou a aliança da Efy a vários setores como logística de baixa altitude - estando atualmente a testar entregas de embalagens ao domicílio juntamente com a JD, um dos líderes nacionais no setor do comércio eletrônico - exploração geológica, mapeamento aéreo, proteção florestal e agrícola, apoio em operações policiais, entre outros. A empresa agora aposta fortemente no setor dos drones comerciais.
O nome Zhongguancun é sonante entre os habitantes da capital chinesa devido ao aglomerado de empresas sonantes do setor tecnológico que ali têm a sua sede ou filiais. Uma visita do presidente Xi Jinping a Tianjin em 2013 viria a decretar o seu desejo de que Beijing e Tianjin escrevessem história em conjunto. Desta aspiração nasce o Centro de Exibições Colaborativo de Inovação Binhai-Zhongguancun. O centro exibe alguns dos êxitos entre os dois polos, dividindo-se em domínios como: indústria, saúde, ciência e cooperação internacional.
Se à Efy coube a tarefa de apresentar o que a China tem a oferecer em aparelhos voadores não tripulados, a Tianjin Sublue Ocean Technology veio apresentar um pouco do que a China tem para oferecer ao nível de engenhos de operação subaquática, através de um reportório de robôs submergíveis de operação remota e componentes relacionados. Os aparelhos, segundo a empresa, visam operar em missões de salvamento, limpeza marítima e fluvial, investigação científica, etc.
O segundo dia da atividade focar-se-á no que Binhai tem para oferecer no setor cultural.
