China rejeita críticas dos EUA sobre decisão de El Salvador

Fonte: Diário do Povo Online    23.08.2018 10h56

Beijing disse na quarta-feira que não há razão para interferir na decisão de El Salvador de estabelecer relações diplomáticas com a China, tendo instado Washington a não enviar "sinais errados" às forças pró-independência em Taiwan.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, pediu aos Estados Unidos para "tratarem corretamente" os laços entre a China e El Salvador, e lidar adequadamente com questões relacionadas com Taiwan, de modo a evitar prejudicar a cooperação sino-norte-americana e a paz e estabilidade nos dois lados do Estreito de Taiwan.

Lu fez tal afirmação em uma coletiva de imprensa, após um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA ter afirmado na terça-feira que Washington estava "profundamente desapontado" pela decisão de El Salvador de cortar os laços com Taiwan, e que os EUA iriam “reexaminar” as suas relações com o país da América Central.

“A China e El Salvador são países soberanos independentes e têm o direito de determinar as suas relações com outros países”, disse Lu, acrescentando que El Salvador tomou a decisão certa, a qual foi a mesma tomada pelas Nações Unidas e por outros 177 países.

O estabelecimento das relações China-El Salvador não afetará os dois países nos seus esforços para desenvolver laços com outras nações, de acordo com Lu.

Washington estabeleceu laços diplomáticos com Beijing há quase quatro décadas, lembrou.

Lu indicou que os EUA não só interferiram na vontade de países soberanos de reconhecer o princípio de uma só China e desenvolver relações normais com a China, mas também permitiram à líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, de "transitar" pelos EUA e realizar atividades em seu território.

"Tais ações são infundadas e são firmemente opostas pelo povo chinês", disse o porta-voz.

“O estabelecimento de laços diplomáticos entre a China e El Salvador, com base no princípio de uma só China, são consentâneos com a realidade atual, com a lei e com as regras básicas das relações internacionais, bem como os interesses fundamentais dos dois países e seus povos”, concluiu Lu. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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