África acolhe mais investimentos chineses na indústria farmacêutica

Fonte: Diário do Povo Online    21.08.2018 09h57

[Foto: Chinadaily]

A Tanzânia tem recebido cada vez mais empresas chinesas que investem na indústria farmacêutica do país, o que aumenta a acessibilidade dos medicamentos, disse a ministra da Saúde da Tanzânia, Ummy Ali Mwalimu.

Mwalimu fez o discurso em um simpósio durante a Reunião de Alto Nível sobre a Cooperação em Saúde China-África, realizada entre os dias 17 e 19 de agosto em Beijing.

A ministra disse que os produtos farmacêuticos da China em 2017 foram responsáveis por quase 25% do total das importações de produtos farmacêuticos na Tanzânia.

Uma das consequências da cooperação entre os dois países é que as pessoas da Tanzânia podem agora comprar medicamentos a um preço mais baixo.

"O preço das commodities de saúde foi reduzido em cerca de 40%", informou Mwalimu.

O tempo gasto na entrega de produtos de saúde foi também reduzido. Anteriormente, eram necessários seis a nove meses para que os produtos chegassem à Tanzânia. Atualmente a medicação pode ser entregue em menos de três meses.

Apesar das importações de outros países, os países africanos, como a Tanzânia, estão procurando desenvolver indústrias farmacêuticas locais.

Com uma população de 1,2 bilhões de pessoas, a África continua a enfrentar os maiores desafios de saúde global, incluindo AIDS, malária e outras doenças não contagiosas.

Ao mesmo tempo, espera-se que, com a urbanização acelerada, a população da África duplique até 2050. Esse crescimento populacional criará uma demanda significativa por produtos farmacêuticos, bem como por outros produtos de saúde.

Um dos fatores que atualmente dificultam a capacidade dos países africanos de lidar adequadamente com a alta carga de doenças e melhorar seu sistema geral de saúde é a alta dependência das importações, afirmou Jane Xing, vice-diretora do escritório da Fundação Bill & Melinda Gates na China.

"Por exemplo, as importações respondem a 85% dos produtos farmacêuticos na Etiópia. No Quênia, o país que tem a indústria manufatureira farmacêutica mais desenvolvida da África Oriental, a dependência das importações ainda está acima dos 70%", revelou Xing no simpósio.

O que os países africanos podem fazer, sugeriu, é investir em facilitadores para o desenvolvimento sustentável da indústria, com um forte enfoque na qualidade e acessibilidade, incluindo o fortalecimento da capacidade reguladora dos governos, para garantir que as empresas possam fazer negócios de forma saudável.

Com a experiência adquirida em décadas de esforços para construir uma indústria farmacêutica e de produtos para a saúde doméstica, a China também pode desempenhar um papel fulcral no apoio à África no desenvolvimento da sua própria indústria farmacêutica, reforçou Xing.

Em 2014, a China tornou-se o segundo maior mercado farmacêutico do mundo.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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