Beijing, 20 ago (Xinhua) -- Um porta-voz militar da China disse que se opõe resolutamente ao relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos sobre o desenvolvimento militar e de segurança da China, afirmando que o documento interpretou de modo errôneo as intenções estratégicas da China e superexaltou a chamada "ameaça militar chinesa".
O relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos 2018 para o Congresso também deturpou o relacionamento e a situação através do estreito de Taiwan, assinalou na sexta-feira Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China.
"Apresentamos representações solenes diante da parte norte-americana em resposta ao relatório", disse Wu.
A China, como facilitador da paz mundial, contribuidor do desenvolvimento global e defensor da ordem internacional, envereda com firmeza o caminho do desenvolvimento pacífico e segue persistentemente uma política de defesa nacional defensiva, disse.
Nos últimos anos, soldados e oficiais chineses se mostraram cada vez mais atuantes nas missões de manutenção da paz e alívio de desastres em territórios estrangeiros, e assumiram mais responsabilidades internacionais e proporcionaram mais bens de segurança pública. "As contribuições e esforços da China ganharam reconhecimento universal da comunidade internacional", afirmou Wu.
O empenho da China em elevar a modernização de seu exército visa proteger sua soberania, segurança, e interesses de desenvolvimento, assim como salvaguardar a paz, a estabilidade e a prosperidade mundial.
A reforma militar da China, o desenvolvimento de armas e equipamentos e a construção da capacidade de defesa no ciberespaço são justificáveis e razoáveis, expressou Wu, indicando que as acusações dos Estados Unidos no relatório são meras especulações.
"É fato inegável que Taiwan é parte da China", sublinhou Wu. "Pedimos que os Estados Unidos adiram à política de Uma Só China e ao princípio dos três comunicados conjuntos, e lidem prudentemente com os assuntos relacionados a Taiwan".
O exército chinês como sempre mantém sua determinação em salvaguardar a soberania e a integridade territorial da China assim como a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, disse Wu.
A posição da China nos assuntos marítimos é constante e inequívoca, e a China se dedica a resolver as disputas pacificamente através de negociações diretas com as partes relacionadas, acrescentou.
As obras de construção pacífica da China nas ilhas e recifes no Mar do Sul da China, que são direito legítimo de um Estado soberano, estão destinadas a salvaguardar o território nacional e atender à demanda da população, para cumprir melhor suas responsabilidades e obrigações internacionais, disse o porta-voz.
Os Estados Unidos, que frequentemente enviam caças e navios ao Mar do Sul da China em nome da "liberdade de navegação" e provocam tensões, são uma real ameaça à paz e a estabilidade regionais, indicou o porta-voz.
"A publicação desses relatórios por parte dos Estados Unidos ano após ano prejudicou a confiança mútua e não corresponde aos interesses comuns entre a China e os Estados Unidos", afirmou Wu.
"Pedimos que os Estados Unidos abandonem a mentalidade de Guerra Fria, adotem uma postura objetiva e racional para com o desenvolvimento militar e de defesa da China, deixem de publicar documentos irresponsáveis, e façam esforços concretos para manter o desenvolvimento estável das relações entre os dois exércitos", indicou.
