China: serviços de vídeos de curta duração procuram expansão global

Fonte: Diário do Povo Online    03.08.2018 14h57

Dai Bin, diretor da filial chinesa da App Annies, uma empresa de análise estatística do online, refere que diversas empresas chinesas de vídeos de curta duração (VCD) mostram um aumento do uso dos seus aplicativos no estrangeiro, especialmente em economias emergentes.

“Por exemplo, o Douyin e o Kuaishou são muito populares no Japão e no sudeste asiático, respetivamente. Eu antecipo que eles terão um maior número de downloads provenientes de mercados estrangeiros no futuro próximo”.

A Beijing Bytedance Technology Co Ltd, empresa que desenvolveu o Douyin, um aplicativo de VCD, recentemente anunciou que o número mensal de utilizadores havia atingido os 500 milhões em mais de 150 países e regiões.

De acordo com a consultora Sensor Tower, a app Tik Tok — o nome atribuído a “Douyin” no exterior — foi baixada 45.8 milhões de vezes durante o primeiro trimestre este ano, superando o Facebook e o Instagram para se tornar o aplicativo de iOS mais popular.

A Tik Tok atraiu ainda um vasto número de seguidores entre os cibernautas japoneses, almejando o terceiro lugar em termos de downloads na App Store e na Play Store em junho.

A Beijing Bytedance Technology Co Ltd, responsável por algumas das apps mais populares da China, tem vindo a promover esforços para propagar o seu serviço de VCD no mundo inteiro.

A Vigo Video, a versão estrangeira da app Huoshan Video, também desenvolvida pela empresa Bytedance, foi particularmente popular na Índia e no Brasil durante o mês de junho.

A rival da Douyin, Kuaishou, que ganhou uma vasta popularidade entre as comunidades rurais e migrantes da China alcançou o quinto lugar em rendimentos no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a App Annie. A empresa de pesquisa de mercado disse que mais de metade dos utilizadores da Kuaishou no primeiro trimestre eram estrangeiros. A Douyin, por sua vez, conseguiu 40%.

A moda, incentivada por algumas das maiores empresas do país, é expectável, dado que os “millenials”, tendencialmente fãs das novas tecnologias, abraçaram a internet móvel e a propensão para partilha de experiências online.

Dai referiu que, à medida que as empresas domésticas continuam a se expandir globalmente, precisam também de tomar em consideração os desafios culturais e regulatórios na abordagem aos mercados estrangeiros.

“Eles precisam de ter em consideração os potenciais riscos regulatórios, através de um melhor conhecimento das políticas locais”, concluiu.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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