Rio de Janeiro, 2 ago (Xinhua) -- Com o crime organizado tornando-se cada vez mais globalizado, um único país não pode combater o fenômeno sozinho, e a cooperação internacional é necessária, disse terça-feira o Ministro da Segurança Pública do Brasil, Raul Jungmann.
No início do dia, o ministro assinou em Buenos Aires um acordo de cooperação com o governo da Argentina sobre a luta contra o crime organizado. O acordo envolve troca de informações alargada e aprofundada entre os dois países e a criação de um banco de dados comum acessível em tempo real.
"Não se combate mais o crime organizado em um espaço nacional; não há a menor chance. Temos que ter ações de inteligência integradas e compartilhadas", disse ele.
Ele e a ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, concordaram em participarem de videoconferências a cada duas semanas para monitorar a implementação do acordo.
Jungmann também propôs um fórum regional de todos os países sul-americanos em segurança pública. Ele destacou a necessidade de agilidade e organização para integrar a segurança na América do Sul, dizendo que as autoridades esbarram na burocracia, enquanto os criminosos são ágeis.
"Os bandidos se organizam por WhatsApp em tempo real e nós ficamos presos na burocracia, nas regras e na diplomacia", disse ele.