Washington, 31 jul (Xinhua) -- O presidente dos EUA, Donald Trump, disse, na segunda-feira, que está pronto para se reunir com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, sem condições prévias.
"Eu me encontraria com qualquer um. Acredito na reunião", disse Trump, em uma coletiva de imprensa em conjunto com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, quando perguntado se estaria disposto a se encontrar com o líder iraniano.
Referindo-se aos seus "grandes" encontros com o principal líder da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong Un, o presidente russo Vladimir Putin e os líderes da OTAN, Trump disse que tais reuniões levaram a bons resultados.
"Eu certamente me encontraria com o Irã se eles quisessem se encontrar. Eu não sei se eles estão prontos ainda. Acabei com o acordo com o Irã. Era um acordo ridículo", disse Trump. "Eu acredito que eles provavelmente irão querer se encontrar, e eu estou pronto para o encontro quando eles quiserem."
"Se pudéssemos alcançar algo significativo, não o desperdício de papel que o outro (acordo) era, certamente estaria disposto a me encontrar", acrescentou.
"Eles querem um reunião, eu vou à reunião. Sempre que quiserem. Bom para o país. Bom para eles. Bom para nós. E bom para o mundo", disse ele.
As relações das duas nações estão em desacordo, já que o governo Trump retirou os Estados Unidos do histórico acordo nuclear do Irã de 2015 em maio. Washington aumentou a pressão política sobre Teerã e prometeu voltar a impor sanções à nação.
Em 2015, o Irã e cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos - mais a Alemanha, assinaram o acordo em Viena. Segundo o acordo, o Irã concordou em limitar suas atividades nucleares sensíveis e permitir que inspetores internacionais examinassem em retorno o levantamento de sanções econômicas incapacitantes.
Horas antes da declaração de Trump, o Ministério das Relações Exteriores do Irã descartou a possibilidade de negociações com o governo dos EUA sobre os duradouros problemas bilaterais.
"Os Estados Unidos provaram que não são confiáveis, então o engajamento e o diálogo com o atual governo dos EUA é impossível", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bahram Qasemi, nesta segunda-feira.