A China reiterou na segunda-feira que não tem intenção de estimular as exportações por meio da desvalorização competitiva da sua moeda, rejeitando as acusações dos Estados Unidos de manipular a taxa de câmbio do yuan.

"A taxa de câmbio do yuan é determinada principalmente pela oferta e demanda do mercado", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, em uma entrevista coletiva.

Atualmente, as boas bases da economia da China fornecem um forte apoio para que a taxa de câmbio do yuan permaneça estável.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse na semana passada que os Estados Unidos estavam monitorando a recente fraqueza da moeda chinesa e analisariam se ela estava sendo manipulada.

"Quanto aos Estados Unidos, que ativamente iniciaram uma guerra comercial, a China continua firme e clara em sua posição de não querer uma guerra comercial, mas não hesitará em retaliar assim que necessário", disse Geng.

Os EUA ameaçaram impor tarifas sobre mais de 500 bilhões de dólares americanos sobre bens importados da China.

"Ameaças e intimidações nunca vão funcionar na China. Somos capazes e estamos confiantes na salvaguarda dos interesses do povo chinês", disse o porta-voz, acrescentando "nós aconselhamos os Estados Unidos a manter a calma, bem como a lidar e resolver questões de modo racional".