China "nunca irá disparar o primeiro tiro” na guerra comercial, reiterou Ministério das Finanças

Fonte: Diário do Povo Online    05.07.2018 14h06

A China "nunca irá disparar o primeiro tiro” na guerra comercial com os Estados Unidos e não tomará iniciativa na cobrança de tarifas, reiterou o Ministério das Finanças, na quarta-feira.

Os comentários do ministério foram divulgados após artigos da imprensa estrangeira, citando fontes anônimas, informarem que as tarifas da China sobre 34 bilhões de dólares em produtos norte-americanos entrariam em vigor nas primeiras horas de sexta-feira. Dada a diferença horária de 12 horas, isso colocaria a sua implementação à frente da de Washington.

“O governo chinês declarou a sua posição por várias vezes. A China nunca irá disparar o primeiro tiro e não iremos implementar medidas tarifárias antes que os EUA o façam”, reforçou o Ministério.

A disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo tem estado em destaque há cerca de três meses, desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um memorando presidencial em março, ameaçando impor tarifas sobre as importações chinesas.

Os EUA disseram que acrescentariam tarifas sobre 34 bilhões de dólares em importações chinesas a partir do dia 6 de julho.

"Um grande choque tarifário global terá impactos adversos no lado da oferta, elevando os custos para os importadores e interrompendo as cadeias de fornecimento, reduzindo, simultaneamente, os rendimentos reais dos consumidores", afirmou a agência de classificação de risco Fitch na quarta-feira.

O relatório da Fitch diz que o efeito multiplicador global da diminuição das importações dos EUA pode ser significativo, e o investimento estrangeiro direto dos EUA provavelmente sofrerá uma queda. A par da redução da confiança e menor investimento, um choque tarifário global também afetará a criação de empregos.

Li Yong, membro sênior da Associação Chinesa de Comércio Internacional, disse que as ações unilaterais da administração Trump são imediatas e contraproducentes.

“Elas vão contra os interesses globais e os interesses de longo prazo dos dois países envolvidos. As consequências dessas ações podem não ser o que a Casa Branca espera, e, no final, servirão apenas para prejudicar os EUA ”, afirmou Li.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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