Rio de Janeiro, 29 jun (Xinhua) -- O Banco Central do Brasil reduziu sua projeção de crescimento econômico na quinta-feira, revisando a expectativa de crescimento de 2,6% do PIB do país para 1,6%.
Segundo o relatório do Banco Central, a redução está associada ao "esfriamento da atividade econômica no início deste ano".
A nova projeção segue a mesma linha do governo brasileiro e do mercado financeiro do país.
O governo recentemente reduziu sua previsão de expansão do PIB para 2,5%, de 2,97%, enquanto os mercados na segunda-feira baixaram sua projeção para a sétima semana consecutiva. Agora fixado em 1,55%, a estimativa caiu quase pela metade dos 3% previstos em janeiro.
A redução do crescimento foi acompanhada pelo aumento da projeção de inflação do Banco Central. Responsabilizada pela greve dos motoristas de caminhão no final de maio, que causou escassez de alimentos em todo o país, a inflação projetada subiu de 3,8% para 4,2% este ano. No entanto, a taxa do ano de 2019 foi reduzida de 4,1% para 3,7%.
O anúncio acontece apenas alguns dias depois que o renomado instituto de estudos e instituição educacional brasileira, a Fundação Getúlio Vargas, publicou um relatório detalhando a queda de 4,8 pontos na confiança do consumidor em junho, a partir de maio, no país.
A fundação sugeriu que as percepções negativas sobre o mercado de trabalho aumentaram a desestabilização causada pela greve de maio.
As previsões de crescimento do Brasil foram reduzidas nos últimos meses após uma recuperação mais lenta do que esperada após a crise econômica de 2015 e 2016. A crise fez o PIB do país cair 7 pontos e levou a uma taxa de desemprego de 13,6%.