Os líderes da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS) levaram a cabo a cúpula anual da instituição euroasiática, em Qingdao, na China, tendo o evento sido presidido por Xi Jinping, presidente do país anfitrião.
Durante o 18º Encontro do Conselho de Chefes dos Estados Membros da OCS, Xi apelou a que fosse levado a cabo o Espírito de Shanghai para superar dificuldades, reduzir riscos e ir de encontro aos desafios.
Outros líderes da OCS demonstraram também as suas expectativas face ao futuro da organização em diversas áreas, de modo a por em prática o papel da organização após a sua expansão.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que “a Índia ficaria muito feliz” em cooperar com outros países da OCS em diversas áreas, tais como agricultura orgânica, produtos lácteos, criação de animais, educação agrícola, processamento alimentar e farmacêuticos.
O presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, apontou que o Espírito de Shanghai é a força motriz que permite que a organização desempenhe de modo eficiente o seu trabalho. Ele sugeriu a expansão da cooperação do comércio e investimento a partir de uma perspetiva bilateral até uma escala multilateral, promovendo acordos entre moedas dos estados membros, o reforço do intercâmbio em informação digital e o desenvolvimento de infraestruturas.
O presidente quirguiz, Sooronbay Jeenbekov, considera que a OCS deve desempenhar um melhor papel para assegurar a segurança regional e a estabilidade, acrescentando esperar que os seus membros coordenem melhor as suas posições e ações, de modo a irem de encontro à ameaça das “três forças do mal” (terrorismo, separatismo e extremismo) na região.
Mamnoon Hussain, presidente do Paquistão, disse que, em apenas 17 anos, a OCS se tornou um modelo de organização para assegurar a segurança regional e promover intercâmbios entre os estados membros. Ele sugeriu aos líderes da OCS reforçarem a comunicação e promoverem em conjunto um sistema econômico internacional “mais justo e razoável”.
Vladimir Putin disse que o combate ao terrorismo é uma das maiores prioridades da OCS, e que a organização deve tomar medidas adicionais para promover a estabilidade regional.
Putin apelou também ao alinhamento de projetos no enquadramento da União Econômica Euroasiática e na Iniciativa do Cinturão e Rota, aumentando a escala de cooperação.
Emomali Rahmon, chefe de Estado do Tajiquistão, disse que as tensões regionais se têm vindo a agravar devido a várias ameaças de segurança. A OCS deve promover uma cooperação mais próxima na implementação da lei e defesa, e combater em conjunto as “três forças do mal”, o tráfico de droga e outros meios criminosos transacionais.
O presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, apelou aos membros da OCS para continuarem a expandir a cooperação econômica e comercial e a promoverem a integração regional.
Os líderes de quatro estados observadores da OCS participaram também no encontro.
Mohammad Ashraf Ghani disse que os problemas do terrorismo e narcóticos devem ser confrontados de modo expansivo, tendo reiterado o desejo de ver o seu país mais participativo na OCS.
Alexander Lukashenko defende que a OCS tem a capacidade de contribuir para a manutenção da segurança internacional, tendo apelado a uma maior entreajuda na partilha de informações relacionadas com segurança cibernética e segurança nuclear.
Hassan Rouhani, do Irão, destacou que os países da região necessitam valorizar os seus interesses comuns, abordar as disputas de forma pacífica, procurarem interesses comuns a longo prazo, respeitarem-se mutuamente e abandonarem o conflito e a confrontação, de modo a garantir a segurança, paz e prosperidade na região.
O presidente mongol, Khaltmaa Battulga, por fim, defendeu que a OCS é uma importante plataforma para a cooperação regional, acrescentando que espera que a Mongólia aumente a sua participação na cooperação regional dentro do enquadramento da OCS.
