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Conselho de Direitos Humanos da ONU investiga violações em Gaza

Fonte: Xinhua    19.05.2018 15h33

Genebra, 19 mai (Xinhua) -- O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira uma resolução que decide enviar "urgentemente" uma comissão de inquérito para investigar todas as violações no Território Palestino Ocupado, particularmente na Faixa de Gaza.

O projeto de resolução é aprovado com 29 votos a favor, dois contra e 14 abstenções. Os dois países que votaram contra foram a Austrália e os Estados Unidos.

De acordo com a resolução adotada, a investigação deve ser feita no contexto dos ataques militares aos protestos civis em larga escala que começaram em 30 de março e para estabelecer os fatos e circunstâncias das violações, incluindo aquelas que podem equivaler a crimes de guerra.

O grupo de investigação deve também identificar os responsáveis, fazer recomendações, em particular sobre medidas de responsabilização, incluindo a responsabilidade individual criminal e de comando, por tais violações.

A resolução decidiu que o grupo de inquérito deveria apresentar uma atualização oral ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro e um relatório final escrito em próximo março.

A resolução estipula que Israel deve encerrar imediata e completamente seu fechamento ilegal da Faixa de Gaza ocupada, o que equivale a punição coletiva da população civil palestina.

Condenou o uso desproporcionado e indiscriminado da força pelas forças de ocupação israelitas contra civis palestinos, incluindo o contexto de protestos pacíficos, particularmente na Faixa de Gaza.

Conforme solicitado pela Palestina e pelos Emirados Árabes Unidos em nome do Grupo Árabe, o Conselho de Direitos Humanos da ONU abriu na sexta-feira uma sessão especial para discutir "a deterioração da situação dos direitos humanos no território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental".

Mais de 100 manifestantes palestinos foram mortos e cerca de 12.000 ficaram feridos pelas forças israelenses, desde que a nova rodada de protestos contra a ocupação começou em 30 de março. Pelo menos 60 palestinos foram mortos em 14 de maio, quando a embaixada dos EUA em Jerusalém abriu oficialmente apesar das críticas internacionais .

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