PYONGYANG/WASHINGTON, 16 de maio (Diário do Povo Online) – A República Democrática Popular da Coreia (RPDC) suspendeu as conversações de alto nível com a República da Coreia (RDC), devido a ações que considera serem “provocatórias”, como os exercícios militares conjuntos Coreia do Sul-EUA, segundo declarações da última quarta-feira (16) da agência oficial de notícias KCNA.

A imprensa estatal disse ainda que os Estados Unidos devem considerar cuidadosamente a cúpula entre os líderes da RPDC e dos EUA.

Logo após a reportagem, o Departamento de Estado dos EUA disse que estava continuando os preparativos para a cúpula entre o presidente Trump e o líder da RPDC Kim Jong Un, agendada para o dia 12 de julho, em Singapura.

Os EUA não receberam qualquer informação de Pyongyang ou Seul que pusesse em causa o plano, segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em uma coletiva de imprensa em Washington.

A versão coreana da reportagem da KCNA descreveu os exercícios como “brincar com fogo”, dizendo que é um "desafio flagrante à Declaração de Panmunjeom e uma provocação militar intencional contra o desenvolvimento político positivo na Península Coreana."

A reportagem indica que a RPDC e a Coreia do Sul tinham chegado a acordo para realizar esforços conjuntos, no sentido de reduzir a tensão militar na península e atenuar o perigo de guerra, uma decisão que “os EUA também apoiaram completamente”.

"As autoridades sul-coreanas devem ser totalmente responsabilizadas pela suspensão das conversações de alto nível entre as duas partes e pelas dificuldades e obstáculos no desenvolvimento das relações bilaterais", indica a reportagem da KCNA.

A RPDC acompanhará “as ações subsequentes" dos Estados Unidos e das autoridades sul-coreanas, acrescentou.