A embaixada chinesa em Mianmar pediu às partes envolvidas que exerçam a contenção, em prol de um cessar-fogo imediato, e tomem medidas concretas e eficazes para evitar o agravamento da situação, após a eclosão de um novo conflito entre as forças armadas de Mianmar, a polícia e grupos armados no município de Muse, no norte do país, no sábado.

Um comunicado da embaixada chinesa, emitido no final do dia, informa que alguns habitantes de Mianmar na área fronteiriça evadiram-se para o território chinês e algumas balas perdidas caíram na China.

Condenando o incidente violento e lamentando os feridos e mortos, a China pediu às partes envolvidas que protejam as vidas e propriedades dos habitantes dos dois países na sua fronteira.

Salientando que, atualmente, as partes relevantes em Mianmar estão se preparando ativamente para a terceira reunião da Conferência de Paz de Panglong no Século XXI e que a China tem prestado a necessária assistência nesse sentido, a declaração manifestou a firme oposição a qualquer tentativa de prejudicar a paz e a estabilidade ao longo da fronteira sino-birmanesa, bem como qualquer ato que vise obstruir deliberadamente o processo de paz de Mianmar.

A declaração apela a todas as partes que intensifiquem o diálogo, promovam a confiança mútua e avancem na mesma direção, pelo desempenho de um papel construtivo na promoção da reconciliação nacional e do processo de paz birmanês.

Pelo menos 19 pessoas, incluindo um policial, quatro militares e 14 civis, foram mortos e outros 27 ficaram feridos em ataques de grupos armados no município de Muse, na manhã de sábado, segundo revelou o gabinete do Comandante-chefe do Serviço de Defesa de Mianmar.

Os ataques dirigidos a três áreas foram lançados por uma força combinada do Exército da Independência de Kachin (KIA) e do Exército de Libertação Nacional de Ta'ang (TNLA).