O vidro tem uma espessura de 0.12 milímetros, ligeiramente mais espesso que uma folha de papel, sendo, apesar de fino, muito resistente.

Cao Xin, diretor adjunto do Instituto de Vidro Funcional do Grupo Nacional de Materiais de Construção da China, com sede em Bengbu, província de Anhui, liderou a equipa que criou este material.

Durante uma experiência, Cao deixou cair uma bola de metal de 55 gramas de um metro de altura, provocando o impacto equivalente a um carro que embate contra uma parede, a uma velocidade de 150 km/h. Contudo o vidro permaneceu intacto.

O vidro ultrafino saiu da linha de produção em abril de 2018, e é o vidro mais fino do mundo que utiliza o processo de flutuação para produção em massa.

Também chamado de vidro de toque eletrônico, é utilizado em ecrãs de informações bem como para produzir telefones celulares, computadores e materiais de base das telas dos televisores.

Quanto mais fino for o vidro, melhor será o desempenho na transmissão de luz, a flexibilidade e menor será o peso do equipamento. Porém, tornar o vidro mais fino e aumentar a sua resistência tem-se revelado uma dificuldade a nível mundial.

Dando início à investigação numa fase já tardia, e sem a existência de experiências semelhantes previamente realizadas, Peng Shou, cientista chefe do Instituto de Pesquisa e Design de Vidro de Bengbu, depois de mais de 30 anos de exploração, conseguiu trazer ao palco mundial o vidro ultrafino, garantindo os direitos de propriedade intelectual do mesmo.

Depois de serem produzidos lotes de vidro de 0,12 mm, Peng está já a trabalhar na criação de um vidro ultrafino de 0,1 mm.