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Li Keqiang: As três nações devem interceder a favor da integração regional

Fonte: Diário do Povo Online    10.05.2018 09h26

O primeiro-ministro diz que Beijing, Tóquio, e Seul devem permanecer num sistema multilateral.

A China, o Japão e a República da Coreia devem acelerar as negociações para estabelecer uma zona de livre comércio e atingir consensos na Parceria Económica Integral Regional logo que possível, de modo a conseguir atingir a integração regional, segundo declarações de Li Keqiang na quarta-feira.

Durante o sétimo encontro de líderes da China-Japão-Coreia do Sul, em Tóquio, o primeiro-ministro referiu que o desenvolvimento dos três países beneficiou do livre comércio, e que todos devem permanecer unidos para assegurar o sistema de comércio multilateral e lutar contra o protecionismo e unilateralismo.

A parceria regional consiste na proposta de um acordo de livre comércio entre os 10 membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático e 6 outros países, incluindo a China, o Japão e a Coreia do Sul.

Li apelou a que estes países vizinhos mitigassem as suas divergências e pugnassem por um maior nível de cooperação. O primeiro-ministro elencou 6 áreas nas quais a entreajuda deveria ser reforçada: liberalização do comércio, capacidade de produção e investimento, infraestrutura e conetividade, finanças, desenvolvimento sustentável e intercâmbio interpessoal.

Li referiu que os três países deveriam trabalhar em conjunto para explorar mercados de modo quadrilateral, recorrendo ao modelo “China-Japão-Coreia do Sul + X” para acelerar o desenvolvimento regional.

Existem disparidades nos níveis de desenvolvimento dos países asiáticos, deste modo, a China, o Japão e a Coreia do Sul devem combinar as suas vantagens aos níveis do equipamento, capital e tecnologias para projetos conjuntos na capacidade de produção, combate à pobreza, gestão de desastres e proteção ambiental, afirmou.

Shinzo Abe, por seu turno, referiu que os três países apoiam o comércio livre e os mercados abertos, enquanto países dedicados ao comércio, e que se devem propor regras comerciais com padrões elevados. Abe sugeriu também o incremento do intercâmbio de quadros e o aprofundamento da cooperação dos setores da educação e do turismo, de modo a alcançar “um desenvolvimento mais aberto e inclusivo”.

Li deixou ainda o apelo para a continuidade do diálogo e das negociações, com vista à desnuclearização e à paz na Península Coreana, afirmando que a China apoia todas as partes relevantes na promoção do diálogo em todas as formas.

Li reuniu-se também em privado com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na quarta-feira à tarde.

Os três líderes discursaram durante um evento em um evento paralelo, uma cúpula de negócios China-Japão-Coreia do Sul, à qual compareceram 200 executivos de negócios.

“O encontro trilateral foi realizado na altura certa, quando o mundo é confrontado com correntes protecionistas e antiglobalização”, disse Xu Liping, um investigador do Instituto Nacional de Estratégia Internacional da Academia Chinesa de Ciências Sociais. O evento permitirá também a injeção de mais energia na economia global e no comércio livre, bem como confiança no desenvolvimento econômico na Ásia Oriental, desde que seja garantida a cooperação pragmática entre os três países, acrescentou Xu. 

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