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Enfoque da China: Congresso Mundial sobre Marxismo começa na China

Fonte: Xinhua    07.05.2018 09h05

Beijing, 7 mai (Xinhua) -- A China está ponderando o marxismo em meio à celebração do 200º aniversário do nascimento de Karl Marx no sábado, quando o Segundo Congresso Mundial sobre Marxismo foi aberto na Universidade de Pequim, onde a teoria começou a se espalhar no país.

Mais de 120 acadêmicos marxistas de 30 países se reuniram na universidade e compartilharam suas ideias sobre o pensamento.

O Primeiro Congresso Mundial sobre Marxismo foi realizado na universidade em 2015.

O economista egípcio Samir Amin disse no congresso, que termina neste domingo, que "Marx era um pensador gigante, não só para o século 19, mas ainda mais por entender nossos tempos contemporâneos. Nenhuma outra tentativa de desenvolver uma compreensão de sociedade foi tão fértil."

Segundo Emir Sader, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o desenvolvimento da China nas últimas décadas é um exemplo notável de como apenas a adaptação criativa do marxismo às condições nacionais específicas pode resolver os grandes problemas de sociedades contemporâneas.

"Os sucessos da China nessa direção são uma referência central para que outras nações enfrentem seus problemas, não só pelos resultados alcançados pelo país asiático, como também pela necessidade de cada nação de aplicar adequadamente o marxismo às suas próprias condições", acrescentou.

Durante o congresso, os acadêmicos discutiram tópicos como teoria marxista e cooperação e governança global, filosofia chinesa e modernização da China.

O marxismo também fez a nação pensar, já que uma série de atividades foram realizadas para comemorar o 200º aniversário do nascimento de Marx.

Na manhã de sábado, o local do primeiro Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) em Shanghai estava cheio de visitantes, ansiosos para ver a primeira tradução chinesa do Manifesto Comunista.

Xu Ming, vice-curador do museu do local, destacou que "o marxismo iluminou o caminho para a humanidade inteira e, agora nessa nova era, o marxismo combinado com a realidade na China ainda nos dá forças de luta". "Devemos aplicar os princípios científicos e o espírito do marxismo em nossas grandes causas e sonhos", completou.

Gulufuhaali Abduwali, estudante uigur da Universidade Normal de Xinjiang, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, disse que é um participante entusiástico das aulas de marxismo. Ele lembra particularmente de sua experiência de visita em Jinggangshan, coração das primeiras atividades revolucionárias do PCCh na Província de Jiangxi, leste do país.

"Fiquei emocionado ao ver como o presidente Mao liderou o Exército Vermelho para a vitória com o marxismo como sua crença", disse ele. "Passo a passo, eles criaram uma base sólida para uma boa vida no futuro."

Gulufuhaali revelou que deseja se tornar um professor universitário.

"Quero ajudar os estudantes étnicos a compreender a essência do marxismo, de modo a fazer contribuições para nosso país e a estabilidade de Xinjiang."

Na sexta-feira, uma grande reunião foi realizada em Beijing para homenagear o "maior pensador" da história. O Diário do Povo elogiou o papel crucial do marxismo na modernização da China em um editorial. "Enquanto o mundo chegou a uma encruzilhada, a China está inabalável. O marxismo é fundamental para a estabilidade e o desenvolvimento da China", afirmou.

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