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Pintores portugueses representam Portugal no Art Beijing 2018 (2)

Fonte: Diário do Povo Online    03.05.2018 14h13
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Sobre a China, o pintor mostrou-se impressionado com a dimensão do evento, a forma como foram acolhidos, e a gastronomia. Fã dos pratos do Sul da China, Carlos Farinha relembra o dia em que visitou a Grande Muralha e provou hotpot como “um dos dias mais felizes da minha vida” — tendo a experiência inspirado a obra “Passeio Gourmet”.

“É um país com uma magia muito própria” reforçou, admitindo que a sua passagem pela China poderá influenciar futuras obras.

Art Beijng 2018

Admirador de vários artistas chineses, o pintor português citou a declaração do criador da Art Beijing, sobre a “massificação da arte, sobretudo da arte contemporânea, que faz com que se consiga ver tudo em qualquer canto em todo o mundo”, expressando que, na China “há uma tentativa de obter alguma frescura daquilo que se mantém como chinês. Continua a haver artistas chineses extremamente criativos, mas tentam ser eles próprios, não vão atrás das modas. E daí que há coisas muito frescas, a questionar coisas de uma maneira muito pessoal e isso vale a pena continuar”.

Para Carlos Farinha, a arte é um componente importantíssimo no intercâmbio entre países, pois é uma forma de compreender o outro. Quanto ao papel da arte nas relações entre Portugal e China, acrescentou, “não sabemos muito bem para onde vamos caminhar. Mas é importante que essa ligação encontre pontes (tal como na obra A Tradutora). Se houver alguém que intermedeie anda-se para frente e cria-se frutos”.

O público chinês, “entram, vêm, estão cá e são curiosos”, no entanto “a comunicação é difícil, é uma grande barreira, de facto. Mas as imagens muitas vezes falam por si”, afirmou.

Anabela Antunes, cofundadora da Galeria Arte Periférica, marcou também presença no evento.

“A passagem pelo Minsheng Art Museum abriu realmente muitas portas”, reconheceu, explicando que, para além destas exposições, a Galeria, em parceria com a Fundação Oriente, promove há 6 anos um concurso de jovens pintores em Macau.

A Galeria tem como objetivo dar a conhecer cada vez mais artistas portugueses ao público chinês, no entanto “no sentido inverso também. Aqui começamos ao contrário, levamos os artistas macaenses para Portugal”, gracejou, na esperança de no futuro poder levar também os artistas chineses a Portugal.

Artista chinesa Zeng Yangyang posa com Carlos Farinha (2º à direita) e os fundadores da Galeria Arte Periférica.

Zeng Jinglong, que visitou a exposição com a sua filha, Zeng Yangyang, mostrou o seu agrado ao ver a representação de artistas portugueses no Art Beijing.

Zeng, que registou o momento com várias fotografias e até autógrafos dos representantes portugueses, revelou que para ele era um momento precioso pois “é muito raro ver artistas portugueses aqui”.

Zeng Yangyang, uma jovem artista chinesa, revelou que este foi o seu primeiro contacto com arte portuguesa. “Para mim é novo e impressionante, é a primeira vez que vejo tais obras e acho que são extraordinárias”, afirmou, desejando que a cooperação entre Portugal e China se desenvolva cada vez mais e, desse modo, mais artistas portugueses tenham oportunidade de expor na China.

A participação portuguesa faz também parte dos esforços da Embaixada de Portugal na promoção do intercâmbio cultural, e enquadra-se na preparação das celebrações do 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e China, no próximo ano. O intercâmbio artístico e cultural, como uma parte importante na cooperação China-Portugal, estabelece uma ponte entre os povos, aumentando o respeito e o reconhecimento mútuo. 


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